25/02/2012


 RHODESIAN
        RIDGEBACK








Classificação F.C.I.:
Grupo: 6 Sabujos Farejadores e Raças Assemelhadas. Seção 3 Raças Assemelhadas
Padrão FCI: nº 146 10 de dezembro de 1996.
País de origem: África do Sul
Nome no país de origem: Rhodesian Ridgeback é ainda utilizado para a caça em muitas partes do mundo, mas é especialmente apreciado como cão de guarda e de companhia familiar.
Utilização: Levantador de caça. Sem prova de trabalho

RESUMO HISTÓRICO: o Rhodesian Ridgeback é a única raça registrada nativa da África do Sul. Seus antepassados podem ser rastreados no Cape Colony da África do Sul, onde eles cruzaram com os cães dos pioneiros e com os cães semi-domesticados
com crista dos Hottentot. Caçando principalmente em grupos de 2 ou 3, a função original do Rhodesian Ridgeback ou “Cão de Leão” era localizar a caça, especialmente o leão e, com grande agilidade, guardá-lo à distância até à chegada do caçador.
O padrão original que foi redigido por F.R.Barnes, em Bulawayo, Rodésia, em 1922, foi baseado no padrão do Dálmata e foi aprovado pelo South African Kennel Union, em 1926.

MAIS HISTÓRIA
Rhodesian ridgeback, também chamado leão da Rodésia, é uma raça canina oriunda do Zimbábue. Foi criada pelo povo nômade Hottentots através de cruzamentos seletivos entre cães vindos da Europa. Um de seus ancestrais era semi-selvagem, usado para a guarda; fisicamente era de tamanho médio e com uma inversão de pelo no dorso. Acredita-se que esta raça tenha vivido no Egito Antigo, 4 000 a.C, já que cães com "cristas" foram retratados em murais egípcios. Fisicamente, a maior característica do rhodesian ridgeback é a sua crista, que veio da parte africana dos cruzamentos, ao passo que a europeia contribuiu para o tamanho, o faro, a mordida, a velocidade e a cor atuais. Versátil, pode ser usado como caçador de presas grandes e pequenas, como farejador policial, como um cão guia e como animal de tração. Por ter um temperamento considerado dócil e fácil apesar do tamanho, destaca-se em treinamentos de obediência.

WIKIPÉDIA

AINDA MAIS HISTÓRIA
Os holandeses fizeram-se acompanhar dos seus cães (terriers, galgos, mastins, etc.), aquando da colonização do cabo (actual África do Sul). Bem cedo se aperceberam da total inadaptação desses cães ao clima, densidade florestal, doenças, etc., por outro lado, repararam que o cão que acompanhava os Khoikhoi ou Hottentots para além de robusto e aguerrido, era extremamente ágil e rápido, resistindo a quase tudo, inclusive à sede. Havia ainda uma outra particularidade curiosa, esses cães ostentavam uma risca em forma de ponta de lança apontada para a cauda, formada de pelo inserido no sentido inverso ao da restante pelagem.

Na expectativa de criarem um cão mais resistente e adaptado, mas ao mesmo tempo com maior envergadura, já que os cães dos Khoikhoi eram pequenos, os Boers começaram a cruzar os seus cães com exemplares desse cão nativo. conseguiram os seus objectivos, no entanto, deram origem a uma enorme diversidade de cães, em tamanho, peso, cor, pelagem e até cabeça, tendo quase todos no entanto um factor comum, a citada risca em forma de ponta de lança (geneticamente factor dominante).

Em 1870, o reverendo missionário Charles Helm saiu do cabo para estabelecer uma missão muito mais a norte (actual Zimbabwe ex Rodésia), com ele, levou dois desses cães, o “ Power “ e a “ Lorna “. A missão foi construída e por lá passavam caçadores e viajantes com o fito de saber noticias, descansar, e até de recuperar de doenças ou ferimentos. Um desses caçadores era Cornelius Van Rooyen, que apercebendo-se do potencial desses cães para caça maior, logo resolveu adquirir alguns, treinando-os para posterior utilização na sua caça preferida, o leão.

Van Rooyen, foi considerado no seu tempo, o maior caçador de leões do mundo, a sua fama e feitos ultrapassaram fronteiras e continentes, bem assim como a fama dos seus destemidos cães, de tal forma, que em finais do século xix, todas as grandes quintas da Rodésia e quase a totalidade dos caçadores dessa área possuíam pelo menos um “ galgo van rooyen “ ou “ cão leão Van Rooyen “, conforme o fim a que se destinavam e também como eram conhecidos, o “cão leão” mais forte e com o centro de gravidade mais baixo para pistagem, agarre e encurralamento, e o “galgo” mais alto para a caça de tiro.

Em 1915, Francis Richard Barnes adquiriu “Dingo“ descendente de um “ cão leão Van Rooyen “, ficou de tal forma fascinado pelas suas excepcionais qualidades, que, quando saiu de Salisbury para Figtree onde construiu a quinta Eskdal, fundou também um canil com o mesmo nome para criação desses famosos cães (eskdal kennel, o canil pioneiro e um dos mais famosos).

Em 1922, mr. Barnes convocou uma reunião de proprietários de “ ridgeback “, com o firme propósito de fundarem um club dessa raça (The Parent Club ), e definirem entre eles um standard para posterior reconhecimento da raça. Decidiu-se tomar como base o standard do “cão da Dalmácia“ com as necessárias e devidas adaptações. A raça foi reconhecida em 1925, sendo que o standard ainda hoje se mantém com ligeiras alterações, sendo as mais salientes a circunscrição da cor branca às patas e peito e a erradicação da cor raiada (tigrado).

Muito importante foi ainda o contributo do major Vernon Brisley e dos seus “viking dogs“ , para muitos o major Brisley foi o maior motor para a consolidação desta raça, aliás, se recuarmos nos pedigrees de 80% dos “rhodesian ridgeback“, encontramos de certeza um cão do canil “Viking“. Nos últimos 30 anos pontificaram dois excelentes canis, de onde saíram os melhores exemplares , trata-se dos canis com os afixos “Mushana“ e “Glenaholm“.

Existem cães com ridge no dorso em cinco outros lugares no planeta, na ilha de Phu Quoc (golfo do Sião – actual Vietnam), no Cambodja, no sul da Tailândia onde são chamados
“Mha Kon Klab“, em Timor onde lhe chamam “riscas“, e na Baia dos Tigres, sul de Angola.

Nos três primeiros casos, as opiniões dividem-se quanto à proveniência desses cães, uns opinam, de que foram mercadores árabes que os trouxeram, outros, que foram os holandeses (companhia das índias, cujos navios debandavam o Cabo e Malaca), outros ainda e mais credível, que foram os portugueses, patriotismo aparte, não podemos esquecer que as naus portuguesas antes de atravessarem o índico, faziam a ultima aguada em Moçamedes
(actual Namíbia), terra de Macubaios, Ganguelas e Kamussekeles todos tribos Khoikhoi ou Hottentots, não podemos esquecer também que muito antes dos holandeses, já os portugueses demandavam o golfo e reino do Sião e Malaca, teremos de ter em devida conta ainda que os portugueses tiveram um tratamento preferencial, inclusive deixaram estabelece-los em Ayuntya antiga capital do reino do Sião, pelo que não será de estranhar, a existência desses cães exactamente onde os portugueses antes de todos os outros fizeram a sua comercialização de bens, principalmente armamento, sendo que a ilha de Phu Quoc , hoje Vietname , pertencia ao tempo ao reino do Sião, e era um lugar quase de certeza, isto pela sua localização, ideal para fazer aguadas e incursões a terra para venda do seu material , tanto ao reino do Sião como ao do Cambodja, como prova disso mesmo serão as inúmeras peças de artilharia com as armas portuguesas que ainda hoje podem ser vistas nesta ilha ainda hoje quase isolada do restante mundo, por outro lado, é sabido que nas naus portuguesas eram utilizados cães para defender as provisões dos ratos, sendo esses cães pequenos de tamanho para poderem entrar nos cavernames.

Segundo escritos da capitania de Moçâmedes da época e diários de bordo, os cães utilizados pelos portugueses nas suas naus seriam os ascendentes dos actuais podengos, no entanto é mencionado que devido a doenças, picadas de mosquitos e ao calor intenso morriam inúmeros cães e muitas naus adoptaram um cão nativo que abundava na capitania de Moçâmedes, pequeno, com pelo curto, enorme resistência e adaptação a todas as adversidades, possuidor de enorme rapidez, agilidade, ferocidade para o tamanho e coragem.

Quanto ao “riscas“ é mais que certo que foram os portugueses que fizeram a sua introdução em Timor, tanto mais que a sua maior concentração é nas montanhas que distam muito pouco de Dili, correspondendo as suas características por inteiro aos cães que acompanhavam as nossas naus.

No que respeita ao “cão da Baía dos Tigres“, a situação é totalmente clara. No principio do século xx ocorreu um surto de raiva na zona de Moçâmedes, o governador provincial decretou imediatamente que fossem abatidos todos os cães, no entanto, alguns donos condoídos e revoltados com o decreto de extermínio, resolveram embarcar na calada da noite algumas dezenas de cães numa embarcação e rumaram ao sul, quiçá com o intento de posteriormente os recuperarem, desembarcaram-nos numa zona inóspita e deserta chamada “Baía dos Tigres“, outrora uma península, mas transformada pela natureza em ilha aproximadamente desde 1940, o governador apercebendo-se da habilidade, manteve o decreto por perto de cinco anos, inviabilizando assim, a recuperação dos canídeos.
Na “Baía dos Tigres“, imperou a lei da selva e dos mais fortes e audazes, podemos até imaginar cenas de autêntico terror e canibalismo, só os mais fortes e capazes sobreviveram, entre eles estavam alguns cães khoikhoi e alguns com eles cruzados, porque tal como acontecera no cabo, também os portugueses cruzaram os seus cães com os dos khoikhoi, por via do factor geneticamente dominante, hoje, existem matilhas de cães selvagens, na sua maioria ostentam uma ponta de lança no dorso voltada para a cauda, estes cães alimentam-se de peixe, focas e albatrozes, são excepcionais nadadores, tendo-se adaptado ás condições mais duras e adversas de Angola e talvez do mundo, são de uma ferocidade e auto defesa incríveis, inclusive, para se dessedentarem, e em virtude da água potável ser inexistente, bebem as pequenas partículas de água doce que existem no topo das ondas aquando da rebentação.

IN "RHODESIAN RIDGEBACK CLUBE DE PORTUGAL"

APARÊNCIA GERAL: deve representar um cão bem balanceado, forte, musculoso, ágil e ativo, de silhueta simétrica, de alta capacidade de resistência e alto potencial de velocidade. A ênfase está na agilidade, elegância e firmeza, sem nenhuma tendência a ser pesado. A peculiaridade da raça é a crista no dorso que é formada pelos pêlos que crescem em direção oposta ao restante da pelagem. A crista é uma marca distinta da raça. Ela deve ser claramente defi nida e simétrica e se afinar gradualmente em direção à garupa. Começa a formar-se imediatamente atrás dos ombros e continua até os quadris. A crista deve ter duas coroas idênticas e opostas entre elas. As bordas da crista não devem estender-se baixas mais do que um terço de seu comprimento. A largura da crista pode chegar a 5cm.

COMPORTAMENTO/TEMPERAMENTO:revela dignidade, inteligência, é reservado com os estranhos, sem apresentar agressividade ou timidez.

CABEÇA
REGIÃO CRANIANA
Crânio: de bom comprimento (a largura da cabeça entre as orelhas, a distância do occipital ao stop, do stop até o fim da trufa devem ser iguais), achatado e largo entre as orelhas; sem apresentar rugas, quando em repouso.
Stop: razoavelmente bem defi nido e não em uma linha reta da trufa ao osso do occipital.
REGIÃO FACIAL
Trufa: de cor preta ou marrom. Um cão de trufa preta pode ser acompanhado de olhos escuros e os de trufa marrom, por olhos de cor âmbar.
Focinho: longo, profundo e poderoso.
Lábios: bem ajustados aos maxilares.
Maxilares / Dentes: maxilares fortes, com uma perfeita e completa mordedura em tesoura. Os dentes devem ser bem desenvolvidos, especialmente os caninos.
Bochechas: devem ser planas.
Olhos: moderadamente separados, redondos, brilhantes, de expressão inteligente. A cor dos olhos harmoniza-se com a cor da pelagem.
Orelhas: inseridas altas, de tamanho médio, bem largas na base e diminuindo gradualmente para uma ponta arredondada; portadas próximas à cabeça.

PESCOÇO: de bom comprimento, forte e sem barbelas.

TRONCO
Dorso: poderoso.
Lombo: forte, musculoso e ligeiramente arqueado.
Peito: não muito largo, porém muito profundo e com muita capacidade; deve alcançar os cotovelos. O antepeito deve ser visível quando visto de perfil. As costelas moderadamente arqueadas, nunca arredondadas, em forma de barril.

CAUDA: forte na raiz e diminui gradualmente até a ponta sem ser grosseira. De comprimento moderado. Não deve ser inserida nem muito alta nem muito baixa e deve ser portada com uma ligeira curva para cima, jamais enrolada.

MEMBROS
ANTERIORES: devem ser perfeitamente retos, fortes e de boa ossatura, com os cotovelos bem ajustados ao corpo. Vistos de perfil, os anteriores devem ser mais largos do que quando vistos de frente.
Ombros: oblíquos, bem delineados e musculosos.
Metacarpos: fortes, com leve elasticidade.
POSTERIORES: devem ter músculos modelados e bem defi nidos.
Joelhos: bem angulados.
Jarretes: fortes e bem descidos.
Patas: compactas e redondas, com dígitos bem arqueados e flexíveis, almofadas plantares elásticas, protegidas por pêlos que nascem entre os dedos e as almofadas.

MOVIMENTAÇÃO: em linha reta para a frente, fluída e enérgica.
PELAGEM
Pêlo: o pêlo deve ser curto e denso, de aspecto liso e brilhante, sem ser lanoso ou sedoso.
COR: do trigo pálido ao vermelho trigo. Uma pequena mancha branca no peito e nos dedos é permitida, mas excesso de pêlos brancos nessas áreas, no peito, no ventre ou acima dos carpos ou tarsos é indesejável. Admite-se que o focinho e as orelhas sejam de cor preta. Excesso de pêlos pretos na pelagem do resto do corpo é altamente indesejável.

TAMANHO / PESO
altura na cernelha: 
machos: 63 cm 69cm.
fêmeas: 61 cm 66cm.
Peso: 
machos: 36,5 kg.
fêmeas: 32 kg.

NOTAS:
· os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.


IN "CONFEDERAÇÂO BRASILEIRA DE CINOFILIA"


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