09/02/2012




HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

OCDE
Um em cada três alunos com 15 anos repetiram pelo menos um ano em Portugal

Um em cada três alunos com 15 anos em Portugal repetiram pelo menos um ano lectivo, com custos direitos superiores a 12% do orçamento escolar, revela a OCDE.

"A repetição de ano é praticada em muitos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE): 13% dos alunos com 15 anos já repetiram pelo menos um ano no ensino primário ou secundário. Esta proporção é particularmente alta em França, Luxemburgo, Espanha, Portugal e Bélgica, países onde afecta mais de 30% dos estudantes", indica o relatório "Equidade e Qualidade em Educação - Apoiar estudantes e escolas desfavorecidas".

No âmbito dos membros da OCDE, a despesa de Portugal com os repetentes é apenas superada pela da Holanda, que apesar de apresentar os mesmos 35% nos alunos com 15 anos, despendeu 15% do orçamento escolar com estes estudantes, revela o relatório.

Espanha, Luxemburgo e França também surgem entre os países com maior número de estudantes que aos 15 anos têm pelo menos um chumbo, com percentagens entre os 35 e os 40%.

No entanto, destes três países, apenas a Espanha apresenta um custo direto com a repetição de ano ligeiramente superior ao de Portugal, enquanto que no Luxemburgo e França essa percentagem é inferior aos 3%.

"Na Bélgica, Holanda, Portugal e Espanha, os custos diretos da repetição de ano consomem mais de 8% do gasto anual na educação primária e secundária. Além disso, uma vez que os estudantes que repetem um ano são mais propensos a comportamentos de risco ou abandono escolar, a repetição aumenta os gastos noutros serviços sociais", indica o relatório.

Fora da OCDE, o Brasil surge com 40% dos alunos com 15 anos com pelo menos um chumbo e apresenta custos diretos na ordem dos 9% do orçamento escolar. Macau possui uma taxa de reprovação de 44% nesta faixa etária e custos direitos de 15% sobre as verbas afectas ao ensino.

"Os custos financeiros da repetição de ano académico são bastante grandes, tanto individualmente como para a sociedade. Os custos direitos para os sistemas escolares são bastante elevados, uma vez que atrasam a educação e a entrada no mercado de trabalho", salienta o documento. A OCDE refere que muitos países introduziram reformas para reduzir o uso da repetição de grau académico, destacando neste caso o exemplo da Finlândia.


* Os pais são altamente responsáveis por este insucesso escolar. Não se informam na escola qual está a ser o precurso do filho, não disciplinam métodos de estudo em casa e "democráticamente" deixam-no estar horas à frente da televisão ou do computador a ver as horas passar.
O professor é para ensinar, educar em casa não lhe compete.

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