14/01/2012


SCHIPPERKE








Classificação F.C.I.:
Grupo 1 - Cães Pastores e Boiadeiros (Exceto Boiadeiros Suíços)
Seção 1 - Cães Pastores
Padrão FCI nº 83 - 20 de janeiro de 2010.
País de origem: Bélgica
Nome no país de origem: Schipperke
Utilização: Guarda e companhia, sem prova de trabalho

RESUMO HISTÓRICO: no dialeto Flemisch, Schipperke quer dizer “pequeno pastor”. O mesmo antepassado do Pastor Belga e do Schipperke foi provavelmente um cão pastor chamado “Leuvenaar”, uma raça antiga, geralmente, mais para pequena e preta. A origem do Schipperke vem do século XVII. Em 1960 foi o cão favorito dos trabalhadores e sapateiros do bairro St. Gery, em Bruxellas, onde organizavam competições para mostrar os complicados trabalhos de colares de metal com os quais adornavam seus cães. Sua cauda era completamente cortada, uma moda que parece existir desde o Século XV. Ele era conhecido como caçador de camundongos, ratos, toupeiros e outros roedores. O Schipperke foi apresentado em Exposição pela primeira vez em 1882 na cidade de Spa. Tornou-se o cão da moda graças a rainha Marie-Henriette da Bélgica. Foi introduzido na Inglaterra e nos Estados Unidos em
1887. O primeiro padrão foi estabelecido em 1888 pelo Clube responsável pela raça na Bélgica. Através dos anos, grandes esforços foram feitos para unificar o tipo. Naquela época haviam discussões a respeito das diferentes variedades vindas deAnvers, Louvain e de Bruxelas.

APARÊNCIA GERAL: lupóide. O Schipperke é um cão pastor de pequenas dimensões mas solidamente construído. Sua cabeça é em forma de cunha, com um crânio bem desenvolvido e um focinho relativamente curto. Seu corpo é bem balanceado, curto, largo e atarracado, mas seus membros são de ossatura fina. Sua pelagem é muito característica, com pelos abundantes, retos, formando uma juba, crina, colar e culotes que lhe dão uma silhueta verdadeiramente única. A diferença entre os sexos é evidente. Sua correta morfologia aliada às suas características e temperamento de cão pastor, e adicionado ao seu pequeno tamanho explica sua grande popularidade que se estende bem além das fronteiras da Bélgica.
PROPORÇÕES IMPORTANTES
• a altura na cernelha é igual ao comprimento do corpo, por isso, ele é um cão de construção quadrada.
• o peito desce ao nível dos cotovelos.
• o focinho é definitivamente menos longo do que a metade do comprimento da cabeça.

COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: um excelente pequeno cão de guarda; de excepcional atenção, de intensa vitalidade, indiferente com estranhos.
Ativo e sempre em movimento, ágil, infatigável, sempre interessado ao que se passa ao seu redor, inclinado a morder, caso alguém se aproxime de objetos por ele guardados; muito dócil com crianças; sempre curioso ao que se passa por trás de uma porta fechada ou atrás de um objeto que se mova, mostrando sua reação com um latido agudo, sua crina enriçada e com os pelos do dorso arrepiados. Ele é um cão curioso que caça ratos, toupeiras e outros roedores.

CABEÇA: lupóide, em forma de cunha, mas não muita longa e larga o bastante para ficar balanceada com o corpo. Os ossos das arcadas superciliares e bochechas, são moderadamente arqueadas. A passagem entre a região craniana para a região facial é visível, mas não deve ser pronunciada demais.
REGIÃO CRANIANA: a cabeça de frente é larga, estreitando em direção aos olhos; ligeiramente arredondada, quando vista de perfil. As linhas superiores do crânio e do focinho são paralelas.
Stop: pronunciado, mas não exagerado.
REGIÃO FACIAL
Trufa: pequena, sempre preta.
Focinho: afinando em direção à trufa; bem cinzelada, não muito longo, ponta não truncada; aproximadamente com 40% do comprimento da cabeça; focinho retilíneo.
Lábios: pretos, bem aderentes.
Maxilares/Dentes: saudáveis, bem inseridos. Mordedura em tesoura; em torquês é tolerada. Dentição completa de acordo com a fórmula dentária. A falta de um ou dois pré-molares 1(1PM1 ou 2PM1) ou do pré-molar 2 (1PM2) é tolerado e os molares 3 (M3) não devem ser considerados.
Bochechas: bem formadas, unindo-se imperceptivelmente nas laterais do focinho.
Olhos: marrom escuros, pequenos, amendoados, não muito profundos, nem globulosos; agudos, olhar vivo e malicioso, bordas das pálpebras pretas.
Orelhas: eretas, muito pequenas, pontudas, triangulares (as mais equilaterais possíveis). Inseridas altas mas não muito próximas uma da outra, firmes e extremamente móveis.

PESCOÇO: forte, poderosamente musculoso e parecendo muito volumoso em razão da pelagem abundante ao redor do pescoço. Tamanho médio, bem inserido nos ombros; bem portado e mais alto quando o cão está em alerta, a linha superior é ligeiramente arqueada.

TRONCO: curto e largo, por isso atarracado, mas não massudo demais ou pesado; idealmente inscrito em um quadrado; seu comprimento da ponta do ombro à ponta do ísquio é igual a altura da cernelha ao solo.
Linha superior: a linha superior do dorso ao lombo e reta e firme, muitas vezes subindo ligeiramente da garupa até a cernelha.
Cernelha: muito pronunciada até mesmo por causa da juba.
Dorso: curto, reto e forte.
Lombo: curto, largo e poderoso.
Garupa: curta, larga e horizontal; a parte posterior da garupa, isto é, a junção entre a garupa e a ponta da nádega é agradavelmente arredondada, sua forma é conhecida como garupa de porco da Guinéa.
Peito: bem descido até a linha dos cotovelos, largo na frente e também atrás dos ombros, o que lhe dá um bom arqueamento das costelas. De perfil, o antepeito é proeminente.
Linha inferior: a linha inferior do peito bem descida, atingindo os cotovelos e se levantando harmoniosa e gentilmente em direção ao ventre, que tem um esgalgamento moderado; nem pendente, nem como o Whippet.

CAUDA: inserida alta. Alguns cães nascem completamente sem ela (anuro) ou com uma rudimentar ou incompleta cauda (cotó ou cauda curta). Não pode ser penalizado por isso. Em repouso, a cauda natural (alcançando pelo menos os jarretes), é, preferivelmente, pendente e pode estar elevada quando o cão estiver
em movimento, portada em nível com a linha superior, mas de preferência, não portada mais alta. Uma cauda curvada ou portada sobre o dorso é tolerada.

MEMBROS: de ossatura fina e bem colocados abaixo do corpo.
Anteriores
Aparência geral: são retos, quando vistos por qualquer lado e são perfeitamente paralelos, quando vistos de frente; seu comprimento, do solo até os cotovelos, é aproximadamente igual a metade da altura na cernelha.
Ombros: longos e oblíquos; angulação normal.
Braços: longos e adequadamente oblíquos.
Cotovelos: fortes, não virando nem para dentro, nem para fora.
Antebraços: retos, colocados bem separados quando vistos de frente.
Carpos: fortes e não proeminentes.
Metacarpos: curtos; vistos de frente, continuam a linha da perna anterior. Vistos de perfil, são levemente oblíquos.
Patas: pequenas, redondas e fechadas (pés de gato); dedos arqueados, unhas fortes, sempre pretas.
Posteriores
Aparência geral: devem estar situados abaixo do corpo e serem perfeitamente paralelos, quando vistos por trás.
Coxas: longas, fortemente musculosas, parecendo mais largas do que são, por causa da densidade dos culotes.
Joelhos: aproximadamente em linha com a garupa; angulação normal do joelho.
Pernas: aproximadamente do mesmo comprimento que as coxas.
Jarretes: bem angulados, sem exagero.
Metatarsos: curtos; ergôs não desejados.
Patas: como os anteriores ou ligeiramentemais longas.

MOVIMENTAÇÃO: a movimentação em trote é flexível e firme com um alcance razoável e uma boa propulsão dos posteriores. A linha superior continua horizontal e os membros se movem paralelamente. O movimento dos anteriores deve estar em harmonia com o movimento dos posteriores e os cotovelos não devem virar nem para dentro, nem para fora. Com uma velocidade maior, os membros convergem.

PELE: bem aderente sobre todo o corpo.
PELAGEM
Pelo: a pelagem é abundante, espessa e reta, suficientemente áspera, com uma textura fina, seca e resistente ao toque, formando uma excelente proteção junto com o subpelo que é macio e espesso. Pelos rasos nas orelhas, curtos na cabeça, na parte da frente das pernas anteriores e nos jarretes. No corpo, o pelo longo é bem assentado. Em torno do pescoço, o pelo é mais longo e mais arrepiado, começando nas bordas externas das orelhas, formando, especialmente nos machos, mas também nas fêmeas, um longo e típico “tufo” (pelos compridos ao redor do pescoço, em tufos de cada lado), uma “juba” (pelos longos em cima do pescoço, prolongando-se até a cernelha e mesmo nos ombros) e um “jabô” (pelos longos abaixo do pescoço e no peito, estendendo-se por entre as pernas anteriores e desaparecendo gradualmente abaixo do peito.) Atrás das coxas, longos e abundantes pelos cobrem a região anal, cujas pontas são voltadas para dentro, em uma forma muito típica para os culotes. A cauda é guarnecida com pelos do mesmo comprimento que os do corpo.

COR: totalmente preto. O subpelo não precisa ser completamente preto, pode ser também cinza escuro, contanto que esteja completamente escondido pela pelagem de cobertura. Um pouco de cinza é tolerado, por exemplo, no focinho devido à idade.
PESO: entre 3 e 9 kg. Tenta-se obter um peso ideal entre 4 e 7 kg.

NOTAS:
• os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.


IN "CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA"


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