11/01/2012




HOJE NO
"DESTAK"

União Europeia detecta irregularidades
em 35% dos sites de crédito ao consumo
Falta de informação ao consumidor foi um 
dos principais problemas detectados.

«Alguma vez considerou assinar um contrato para obter um empréstimo pessoal, um cartão de crédito ou outro tipo de crédito ao consumo e descobriu que afinal tudo era mais caro do que esperado inicialmente?» A questão, colocada pela Comissão Europeia, serviu de mote para uma investigação que apurou a resposta. E sim, concluíram os especialistas: nem sempre o que parece é. Por cá, dos 40 sites com ofertas de crédito analisados, 14, ou seja 35%, apresentaram irregularidades.

Apesar de consagrada na lei, a informação nem sempre é dada na totalidade ao consumidor. Ao todo, dos 562 sites analisados na operação Sweep em 29 países (27 Estados-ºmembros da União Europeia, Noruega e Islândia), 70% (393) vão ser objecto de uma investigação mais aprofundada.

«Os dados não nos surpreendem», confirma ao Destak Ana Tapadinhas, jurista da DECO. «Congratulamo-nos com estes estudos, que vão ao encontro do que já tínhamos apurado: que há sites que omitem informação obrigatória por lei», acrescenta.

Os problemas, segundo Bruxelas, têm a ver com a publicidade, que não inclui as informações exigidas, com a omissão de informações essenciais para a tomada de decisão e ainda com a apresentação enganosa dos custos. Por isso, a DECO pede que «os estudos sejam consequentes», ou seja, que as empresas que infringiram a lei sejam penalizadas.


* O crédito ao consumo é o modo enviesado de pôr os pobres a sonhar que são ricos até ao dia do pesadelo.

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