22/01/2012



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BE fala em "aumentos brutais"
e aponta casos onde preço sobre 75%

O Bloco de Esquerda alertou hoje para os “brutais aumentos” dos preços dos transportes, apontando o caso dos passes destinados às crianças, jovens e idosos que registaram acréscimos na ordem dos 75 por cento.

“Os transportes já aumentaram 20 por cento em 2011 e no início de 2012 vão ter mais um aumento de cinco por cento. Isto é um aumento brutal de 25 por cento dos preços dos passes em apenas um ano”, disse à Lusa a deputada do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins.

Além dos aumentos anunciados na sexta-feira, o secretário de Estado Sérgio Monteiro revelou ainda os cortes nos descontos de alguns passes sociais, que vão passar a ter uma redução de apenas 25 por cento. Para a bloquista, a redução para metade dos descontos atribuídos às crianças (passe 4_18) aos jovens (sub23) e aos idosos (sénior) representa um "aumento brutal": “Isto quer dizer que, ao todo ao longo destes 12 meses, as crianças, jovens e idosos veem o passe mais caro quase 75 por cento”.

Segundo as contas de Catarina Martins, antes um passe de 100 euros tinha uma redução de 50 por cento e agora, ao ter apenas um corte de 25 por cento, significa que "o utente vai pagar 75 euros e não 50 como pagava antes, ou seja tem um aumento de 50 por cento”.

A este valor, Catarina Martins soma os aumentos de cerca de 25 por cento do custo dos transportes (20 por cento do ano passado e cerca de 5 por cento deste ano): “ou seja, são mais 75 por cento”.

Em alternativa a esses passes foi criado o “Passe Social Mais”, mas para os bloquistas esta solução “deixa de fora muitas famílias”, porque “só quem tem escalões muito baixos é que tem acesso”.

Além disso, lembrou a deputada, “nas contas para ter acesso ao passe não contam os dependentes nem o número de filhos. O Passe Social + prejudica as famílias onde há filhos, dependentes ou ascendentes, como um avô”.

“Os cálculos são altamente perversos porque contam os rendimentos de toda a gente, até a pensão do avô, mas na hora de dividir pelos membros do agregados familiares para saber se têm aceso ao passe só se divide pelos sujeitos passivos, que são no máximo dois”, explicou Catarina Martins.

Para Catarina Martins, as novidades representam “uma injustiça terrível, extraordinariamente penalizadora para as famílias portuguesas, e que penalizam muito especialmente aqueles que estão mais frágeis”.

O governante anunciou que a partir de fevereiro, vai ser alargado o universo das famílias que podem beneficiar do Passe Social+ até aos 1.258 euros mensais.


* O luxo destrói a concorrência


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