13/11/2011



ESTA SEMANA NO
"EXECUTIVE DIGEST"


Quem tem tablet lê mais notícias

A conclusão é de uma pesquisa do Pew Research Center em colaboração com o grupo The Economist. O estudo refere que ler notícias é uma das principais actividades de quem tem tablet.

Contudo, a maioria dos utilizadores não está disposta a pagar pelo acesso ao conteúdo noticioso. A pesquisa é denominada por “A Revolução dos Tablets” e diz que 53% dos utilizadores lêem notícias no tablet diariamente. A actividade mais comum é, todavia, a leitura e envio de e-mails. Seguem-se as redes sociais (39%), jogar (34%), ler livros (17%) e assistir a vídeos (13%).

Ainda segundo o estudo, 30% das pessoas passaram a ler mais notícias com o tablet que, para 79% dos utilizadores, substituiu o computador pessoal. Contudo, por agora, só 11% dos americanos possuem o dispositivo.


* O velório dos suportes de papel é longo e sofredor

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CINCO RAZÕES PARA NÃO USAR PRESERVATIVO



O spot publicitário português CINCO RAZÕES PARA NÃO USAR PRESERVATIVO, escrito, produzido e realizado pela Monomito Argumentistas, foi considerado o melhor anúncio governamental europeu de prevenção da sida no European AIDS Video Contest 2009, um concurso internacional dinamizado pelo Governo alemão.

Para a Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida, a atribuição deste prémio "é muito importante", porque "demonstra que é possível fazer campanhas que são reconhecidas como interessantes e importantes, quer do ponto de vista da mensagem, quer do ponto de vista estético e da forma como são realizadas".

O anúncio premiado foi exibido nas televisões portuguesas em Outubro de 2007 e conta com a participação de diversas figuras públicas: Vítor Norte, São José Correia, Pacman, Cucha Carvalheiro, Sara Prata, Rita Salema, Bruno Nogueira e Alberto Quaresma.

Henrique Barros adiantou à Lusa que este anúncio é "recordado" e "reconhecido" pelos portugueses, nos inquéritos realizados periodicamente pela Coordenação Nacional para a Infecção VIH/sida de avaliação da influência das mensagens televisivas, como o "mais relevante do ponto de vista da transmissão da ideia da prevenção". O anúncio vai agora voltar a ser exibido nas televisões.

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ESTA SEMANA NO
"BLITZ"

Agente Infiltrado:
Bruce Springsteen 
deverá voltar a Portugal em 2012
O nosso "agente secreto" apurou que o "Boss" 
tem quase tudo certo para regressar 
a Portugal no próximo ano

Bruce Springsteen volta a ter quase tudo certo para regressar a Portugal. Dois anos depois de uma tentativa gorada, com a câmara de Cáceres (Espanha) pelo meio, "agora tem mesmo tudo para dar certo" e o regresso deverá celebrar-se com pompa e circunstância, no Rock in Rio Lisboa. Mas se não for aí, a possibilidade de um concerto mantêm-se. A concretizar-se será a segunda vez que Bruce Springesteen atuará em Portugal, quase 20 anos (19, para ser pontual) depois da estreia, no antigo Estádio de Alvalade.

O concerto de estreia não correu de feição ao "Boss", que subiu ao palco ainda de dia e deparou-se com menos de meio estádio. Apesar do empenho roqueiro e de algumas boas canções, faltou o mais importante: empatia e celebração.

Desde então, Springsteen como que evita Portugal. Não guardou saudades e prefere aterrar onde é adorado, Espanha em particular. Sempre que vem à Europa, Espanha é obrigatória. Foi o que aconteceu em 2009, quando teve quase tudo acertado para voltar a Lisboa, em agosto. Mas acabou ficando por Espanha. Pode ser que seja desta!


* Com ele é um espectáculo garantido

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O QUE PENSAM OS BÉBÉS…





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3 – DICA ÚTIL




ESTA SEMANA NO
"CORREIO DA MANHÃ"


Quatro em dez pensam que Passos Coelho governa pior que Sócrates

O barómetro mensal CM/Aximage indica que 38,8 por cento dos portugueses consideram que o Executivo de Passo Coelho vai governar pior do que o anterior, liderado por José Sócrates. Há ainda 33,4 por cento que responderam 'igual', 22,6 por cento afirmaram que governará 'melhor' e 5,2 por cento não têm opinião.

Os partidos que formam o Governo (PSD e CDS) não sofreram grandes oscilações na intenção de voto legislativo durante o mês de Novembro. De acordo com a sondagem CM/Aximage, o PSD reuniu a confiança de 41,2 por cento dos portugueses, enquanto o CDS atingiu os 9,5 por cento.

O mesmo aconteceu com o maior partido da oposição, o PS, cuja intenção de voto nas legislativas se situou nos 26,8 por cento.

Mais à esquerda, se por um lado a CDU conquista terreno, com intenção de voto de 10,6 por cento dos eleitores, por outro o Bloco de Esquerda continua a perder terreno, ficando reduzido ao voto de 3,5 por cento dos entrevistados.

Na avaliação dos líderes partidários, é o socialista António José Seguro o único que conquista nota positiva, com um 10,3. Com avaliação negativa encontram-se Paulo Portas (9,8), Pedro Passos Coelho (9,2), Jerónimo de Sousa (8,8) e Francisco Louçã (8,4).

No entanto, 44 por cento dos eleitores julgam que o social-democrata Pedro Passos Coelho continua a ser o melhor líder para ocupar o cargo de primeiro-ministro. Já António José Seguro reúne o voto de 22,4 por cento para subir ao cargo de chefe do Governo.


* Estes políticos têm o que merecem.


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GOLF


Nunca meta o braço na água para reaver a bola 








Aconteceu no buraco 16 do campo de golf da cidade de Norway  no Mississipi.

COLECÇÃO CASA D' ALBA




ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"


São Brás de Alportel
50 mil doses de heroína apreendidas 
esta manhã pela PSP

Uma investigação da PSP que decorria há seis meses, culminou, esta manhã, na detenção de dois homens e na apreensão de 50 mil doses de heroína, no valor de 160 000 euros, em São Brás de Alportel.

A operação de "grande envergadura" decorreu entre as 05:00 e as 06:30 de hoje, no sítio da Soalheira, em São Brás de Alportel, e resultou na detenção de dois homens de 20 e 23 anos, suspeitos de tráfico de droga, informou a PSP em comunicado.

A detenção ocorreu na sequência de uma investigação que decorria há cerca de seis meses, e foi realizada por elementos da Esquadra de Investigação Criminal e do destacamento da Unidade Especial do Corpo de Intervenção da PSP, munidos de um mandado de busca domiciliária.


* E não se pode exterminá-los...


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1 - TECNOLOGIA DO FUTURO




ESPAÇO ABERTO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA GLOBONEWS FALA DO FUTURO DA FICÇÃO CIENTIFICA DIANTE DOS AVANÇOS DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

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ESTA SEMANA NA
"EXAME INFORMÁTICA"

Diretor da Olympus
em Portugal despedido 
depois de alertar para alegada corrupção
Gernut Bonack, diretor da fábrica da Olympus em Coimbra, pôs em causa a legalidade de uma obra 
e acabou despedido numa reunião realizada 
no fórum de diretores da marca japonesa 
realizado durante junho.

O caso teve início em 2006 com uma inundação da fábrica da Olympus de Coimbra (que está constituída como uma empresa separada da Olympus "comercial" que se dedica à venda de equipamentos eletrónicos). Seguindo os procedimentos, Bonack pediu autorização aos superiores hierárquicos para fazer obras que permitissem criar um novo sistema de proteção das instalações da Olympus.

O ex-diretor-geral da fábrica da Olympus alega que, contra as normas da companhia, que geralmente exigem o pedido de dois ou três orçamentos a diferentes fornecedores, a obra foi entregue, imediatamente, a um arquiteto alemão por decisão de Stefan Kaufman, superior hierárquico de Bonack e atualmente diretor-geral dos assuntos corporativos na Europa da Olympus.

Terminada esta obra orçada em 560 mil euros, os responsáveis pela fábrica de Coimbra descobriram várias deficiências que implicaram novas intervenções e o respetivo pagamento pelas obras.

Muito por força da ação da direção da fábrica de Coimbra, a Olympus acabou por iniciar um processo nos tribunais, mas deixou de fora da acusação o arquiteto alemão.

Em declarações reproduzidas pelo Público, Bonack relaciona a decisão de não acusar o arquiteto com o facto de este mesmo arquiteto ter trabalhado no passado em obras na casa de Stefan Kaufman.

A Olympus nega qualquer caso de favorecimento ou corrupção e justifica a decisão de despedir Gernut Bonack com uma quebra de 50% no segmento das máquinas fotográficas nos seis meses anteriores. A Olympus refere ainda que nada de errado foi descoberto numa auditoria interna que entretanto foi concluída.

Gernut Bonack não se conforma com as explicações dadas pela Olympus e já fez seguir para à justiça portuguesa um processo a exigir 5,2 milhões de euros de indemnização.

Este não é o único caso de demissões na Olympus por alegada corrupção. Michael Woodford foi demitido de CEO da Olympus depois de denunciar um caso de alegada corrupção com centenas de milhões de euros envolvidos. Tsuyoshi Kikukawa, até então com o cargo de chairman da companhia, demitiu-se pouco depois de o escândalo se tornar público.


* Sem vergonhice

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ESTA SEMANA NA
"SÁBADO"

Famílias portuguesas 
cada vez mais carenciadas
Cáritas Portuguesa revelou que há uma média mensal de 516 novas famílias carenciadas a pedir ajuda à instituição

Desde o início do ano, a Cáritas Portuguesa atendeu 28 mil famílias, "o que significa dizer que todos os meses, em média, três mil famílias vieram bater-nos à porta", sublinhou Eugénio da Fonseca. Baixos rendimentos, desemprego e habitação são as três grandes preocupações das pessoas que surgem a pedir ajuda.

"Muitas, apesar de se manterem empregadas", estão neste momento confrontadas "com o aumento de despesas e a diminuição dos rendimentos", explica Eugénio da Fonseca, dando o exemplo de funcionários públicos, pensionistas e daquelas pessoas que acabaram por perder o direito ao Rendimento Social de Inserção.

O desemprego e a precariedade dos trabalhos "é outro dos dramas", disse o presidente da Cáritas à margem do Conselho Geral que se reuniu este fim-de-semana, em Fátima, para debater a evolução dos atendimentos sociais, bem como a situação social e económica do País.

"Quando começarmos a gerar empregos, estou convencido de que muitas destas pessoas não voltarão a ter trabalho, porque os empregos que vão surgir estarão ligados às novas tecnologias", alertou o responsável da instituição, realçando a necessidade de se começar a trabalhar o quanto antes na reconversão de qualificações nas faixas etárias mais elevadas.

A habitação é o terceiro motivo que leva as famílias a pedirem ajuda à Cáritas. Por um lado, as Cáritas Diocesanas são cada vez mais confrontadas "com as pessoas que deixam de pagar rendas e vão viver para casa dos pais", por outro, "com as famílias que deixam de ter condições para pagar os empréstimos" da habitação.

"Outras chegam ao banco, entregam chaves e escrituras que fizeram e dizem que já não têm nada a ver com aquilo", mas "é preciso explicar-lhes que não é por entregarem a chave que deixam de ter a dívida", defendeu Eugénio da Fonseca.


* É grande o desespero


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ANTÓNIO MARINHO E PINTO


Privilégios dos magistrados (I)


Os magistrados portugueses beneficiam de um conjunto de regalias profissionais que constituem verdadeiros privilégios quando comparadas com as de outras funções do estado. E o que é mais escandaloso nem é tanto a existência desses privilégios (sempre os houve em Portugal), mas sobretudo a desfaçatez com que os próprios magistrados os negam, quase sempre apoiados por bem oleadas máquinas de propaganda mediática e recorrendo mesmo a puras falsidades.
Uma das mais repetidas falsidade consiste em afirmar que os juízes portugueses são dos mais mal pagos da União Europeia e que o próprio Conselho da Europa o teria reconhecido. Ora, de acordo com um estudo divulgado por esse organismo em 2010, os juízes portugueses em início de carreira auferiam, em 2008 (ano a que se refere esse estudo), 34 693 euros por ano, o que equivale a 1,7 vezes o salário médio de Portugal. Esse rácio é superior aos da Áustria e da França (1,1 salários médios cada), da Holanda (1,4), da Finlândia (1,5), da Bélgica (1,6) e Dinamarca (1,6). Tudo isso dando de barato que o ordenado médio nacional é de aproximadamente 20.000 euros anuais, o que não é verdade, pois ele é até bastante inferior.
Mas a desigualdade é ainda maior quando se faz a mesma comparação com os juízes em fim de carreira. Estes ganhavam, no mesmo ano, 83 401 euros por ano, o que equivale a 4,2 salários médios, o que é bastante superior ao que ganhavam os juízes da Holanda (2,3 vezes a média salarial), Dinamarca (2,3), Áustria (2,6), Islândia (2,7), Suécia (3,2), Noruega (3,2), Luxemburgo (3,3), Finlândia (3,3), França (3,4) e Bélgica (3,5).
Os juízes portugueses são, assim, bem melhor remunerados do que os seus colegas dos países mais desenvolvidos da Europa, se compararmos os níveis de vida e as capacidades económicas de cada país.
É óbvio que essas remunerações só se tornam privilégios quando comparados com a média das remunerações praticadas em Portugal e não com as remunerações dos juízes dos países desenvolvidos da Europa, muito mais ricos do que nós. Nestes países todos ganham mais do que em Portugal, a começar pelos chefes de Estado, passando pelos governantes, deputados e acabando nos mais humildes trabalhadores do sector privado. Comparar o vencimento de um juiz português com o de um suíço ou de um alemão em termos absolutos é misturar falaciosamente realidades diferentes que só pode servir para confundir os incautos ou então para sustentar agendas reivindicativas totalmente desfasadas das realidades económicas do nosso país.
Porém, onde o privilégio se torna chocante é quando comparamos os vencimentos dos magistrados com os das restantes funções do Estado em Portugal.
Os juízes de primeira instância com cerca de 15 anos de serviço ganham mais do que um general das Forças Armadas no topo da carreira com mais de 40 anos de serviço. E se for um juiz de círculo (último escalão da primeira instância), a diferença é de cerca de mil euros a mais. Por outro lado, um juiz com apenas três anos de serviço ganha mais que um professor catedrático em dedicação exclusiva numa universidade pública com dezenas de anos de serviço, mais do que um director de serviço num hospital do estado e mais do que qualquer funcionário superior da administração pública em fim de carreira.
Outra das falsidades em que os juízes mais insistem é na de que não são aumentados há cerca de 15 ou 20 anos. Ora, os magistrados sempre foram aumentados todos os anos nos mesmos termos e percentagens em que o foram o presidente da República, o primeiro-ministro, o presidente da Assembleia da República e todos os restantes servidores do Estado. O aumento dos magistrados é automático e reporta-se sempre a 1 de Janeiro de cada ano, ao contrário do que sucede com os funcionários públicos cujos aumentos, em alguns anos, só entraram em vigor meses depois.
O que os juízes têm pretendido com essa falsidade é obter aumentos muito maiores do que os dos restantes servidores do Estado, incluindo o próprio presidente da República, unicamente porque se julgam superiores a todos os outros. Mas como não conseguiram esses aumentos, estão permanentemente a afirmar, com todo o descaramento do mundo, a mentira de que têm os seus vencimentos congelados. 


IN "JORNAL DE NOTÍCIAS"
07/11/11

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ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

O 'CSI' da comida
Uma empresa aplica técnicas forenses para descobrir
o material genético dos alimentos e detetar 
possíveis fraudes sobretudo nos destinados 
às marcas brancas dos hipers.

De que é feito um pastel de bacalhau? E um queijo de cabra terá mistura de leites de outros animais? Haverá vestígios de carne numas almôndegas de soja? A Bioprimier, empresa que detém o único laboratório privado em Portugal acreditado em técnicas de biologia molecular aplicáveis a amostras alimentares, consegue responder a todas estas questões.

Com métodos dignos da famosa série de investigação criminal CSI. O segredo está em extrair o ADN, uma espécie de assinatura de cada produto. A partir daí consegue-se dissecar os alimentos, determinando ao pormenor qual a sua composição.

O primeiro cliente desta empresa, que nasceu em 2006, só apareceu três anos depois. Houve, primeiro, que erguer os sofisticados laboratórios, recrutar técnicos para as análises e, mais importante e moroso, criar de raiz os procedimentos.

Mas, desde então, a procura tem sido intensa. "Quase todas as grandes superfícies são nossas clientes", revela Mário Gadanho, administrador da Biopremier.

Com este método de perícia, os supermercados procuram garantir a qualidade dos produtos de marca branca, pelos quais são responsáveis. Pedem para detetar organismos geneticamente modificados, vestígios alergénicos, as espécies de peixe utilizadas em alimentos mais processados, como rissóis. Os resultados são determinantes para a elaboração do rótulo e, sobretudo, para a relação do cliente com o seu fornecedor.

AO GOSTO DO FREGUÊS

As amostras chegam à empresa nas suas embalagens originais e são guardadas nas gavetas de uma arca congeladora. Na verdade, a quantidade necessária para se traçar o historial genético de um alimento é mínima (estamos a falar de Microbiologia) e nem sequer precisa de refrigeração.

A Biopremier aplica a metodologia da Genética aos alimentos, pois "o ADN é uma molécula muito resistente e está presente em todos os organismos biológicos, seja um camarão seja um pedaço de carne humana", justifica Mário Gadanho. Seguindo os passos da investigação forense, chega-se a três conclusões, conforme o pedido do cliente. A análise mais simples (€30) deteta se um produto tem ou não determinado alimento (se um paté que se diz de ganso possui mesmo carne desse animal). Outra menos linear (€50) é identificar uma espécie (que tipo de camarão se encontra num rissol). A mais complexa (€140) demora duas semanas a terminar e escrutina a mistura de organismos. "Somos o único laboratório acreditado para fazer este tipo de análise a nível internacional ", assegura Mário Gadanho.

Uma trinca num pastel de bacalhau pode, afinal, ter muito mais que se lhe diga.

Biopremier – Inovação e Serviços em Biotecnologia, S.A.
Morada: Ed. ICAT. Campus da Fac. de Ciências da Univ. de Lisboa. Campo Grande 1749-016 Lisboa.
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* Detectives Alimentares, portugueses, que maravilha

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ESTA SEMANA NO
"i"

Morreu Evelyn Lauder. Vice-presidente 
da Estée Lauder e impulsionadora da luta contra o cancro da mama

Evelyn Lauder, vice-presidente da marca de cosméticos Estée Lauder e impulsionadora da luta contra o cancro da mama, morreu no sábado aos 75 anos na sua casa em Manhattan vítima de cancro, informou o The New York Times.

Nascida em 1936 em Viena, Evelyn Hausner e a sua família tiveram que fugir da capital austríaca quando Hitler anexou o país à Alemanha em 1938.

Em 1940, a família de Evelyn mudou-se para Nova Iorque, cidade onde casou em 1959 com Leonard A. Lauder, filho de Estée, com quem teve dois filhos, William e Gary.

Em 1989 foi-lhe diagnosticado um cancro da mama e, apesar de se ter sempre negado a comentar a evolução do seu caso, começou a desenvolver uma intensa atividade internacional de luta contra aquela doença.

Criou a campanha do laço cor de rosa, conhecido como símbolo da luta contra o cancro da mama, e em 1993 lançou a Fundação para a Investigação sobre o Cancro da Mama, que conseguiu arrecadar cerca de 350 milhões de dólares em donativos.

Em 2007, Evelyn Lauder voltou a ser diagnosticada com um cancro nos ovários, que acabou por ser a causa da sua morte.


* Uma cidadã de causas

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3 - A HARMONIA 

DOS 

MUNDOS




ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"

Construção com menos de oito meses 
de trabalho

A situação está cada vez mais complicada para os empresários da construção. Os números mais recentes - divulgados pela federação do setor - apontam para menos de oito meses de produção assegurada.
A carteira de encomendas teve uma quebra homóloga de 21,5%, no terceiro trimestre, tendo sido esta evolução negativa acompanhada pelo aumento do desemprego. Este indicador perfaz já cerca de 14% do total nacional. Entretanto, as insolvências continuam a sua forte curva ascendente, sendo mesmo uma das maiores preocupações dos empresários da construção.



* Vão à vida cinco empresas por dia.

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AS  CORES  DOS  AMIGOS



 
ESTA SEMANA NO
"JOGO"

Morreu pioneiro da marcha em Portugal



Faleceu ontem em Lisboa Aires Dinis, o grande responsável pela reintrodução da marcha atlética no País, na década de 70 do século XX. Aires Denis, que nasceu em 1921, foi o fundador do Clube de Marcha Atlética e o grande impulsionador dessa disciplina do atletismo durante mais de 20 anos.


* O seu funeral relizou-se hoje domingo, 13 de Novembro, saíu da igreja da Póvoa de Santa Iria, pelas 11 horas. Ficará na história do Atletismo Nacional.


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PACO BANDEIRA



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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Detectadas fraudes em produtos
Made in Portugal

A 21 de Outubro, em Arruda dos Vinhos, num armazenista grossista de fruta, uma pessoa foi detida e foram apreendidos 11 mil quilos de uvas com indicação de origem Portugal, quando se verificou que eram de Itália. Figos e amêndoas tradicionais do Algarve também já terão sido alvo da deturpação da origem: nas embalagens lia-se que vinham da Turquia e dos EUA.

Houve ainda uma apreensão de vestuário importado na Alfândega, uma vez que a embalagem já trazia – ilegalmente – o selo do Compro o que Nosso. «Foi interceptado um número considerável de contentores. Obrigámos a empresa a retirar o logótipo e só depois é que o produto foi despachado», diz Paulo Nunes Almeida.

«O Governo, os agentes económicos e os cidadãos estão empenhados em defender a produção nacional. Este tipo de actividade ilegal só merece a mais rigorosa e apertada acção fiscalizadora por parte da ASAE», sublinha ao SOL o Secretário de Estado do Empreendedorismo, Competitividade e Inovação. «A ASAE e o Ministério da Economia, enquanto tutela, vão manter todos os esforços para acabar com estes comportamentos ilegais.

Assim se garante que a produção nacional está a salvo e que os consumidores podem confiar no que compram», continua Carlos Oliveira, que anunciou ontem a criação de um programa, a lançar em Dezembro, «para valorizar o que é produzido em Portugal e incentivar o consumo de produtos nacionais».

Numa altura em que ganha força a ideia de que consumir português permite ajudar a economia, reduzindo as importações e o endividamento externo e criando emprego, também a ministra da Agricultura tem frisado que «já passámos a fase de que aquilo que vem de fora é melhor.

A origem portuguesa é algo que é valorizado». «Queremos fazer com que os consumidores possam chegar ao supermercado e saber o que é português e tem origem protegida, o que é sinal de qualidade e diferenciação. E queremos que também lá fora, no estrangeiro, se possa saber o que é a nossa marca e a nossa produção», afirmou recentemente Assunção Cristas.


* Com portugueses assim não há governos que aguentem

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2 - BONECAS DE SABÃ0







4 - AQUÁRIOS





UMA LENDA DO MAR





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TÔ   XATIADO





UROS



VEJA EM TELA CHEIA

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39 - ILUSTRES PORTUGUESES DE SEMPRE »»» caldas xavier


Alfredo Augusto Caldas Xavier (Lisboa, 25 de Setembro de 1852 — Lourenço Marques, 8 de Janeiro de 1896) foi um militar, engenheiro, explorador e administrador colonial português que se distinguiu nas denominadas campanhas de pacificação de Moçambique nas últimas décadas do século XIX. No dizer de Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque, outros dos militares que ganharam fama nessas campanhas, o major Alfredo Augusto Caldas Xavier, foi o mais ilustre de todos os oficiais que têm honrado o nome português em África, modelo de virtudes militares de coragem e abnegação. Teve um papel de destaque no projecto da linha de caminho-de-ferro de Maputo ao Transvaal e na delimitação das fronteiras do sul de Moçambique.

BIOGRAFIA
Alfredo Augusto Caldas Xavier nasceu na freguesia lisboeta das Mercês, filho de Henriqueta Pereira Caldas Xavier e de António do Prado Xavier, industrial e dono de uma oficina de canteiro. Dotado de grande habilidade manual, a família pretendeu que seguisse uma carreira de escultor, mas, por influência do avô materno, Pereira Caldas, oficial superior do exército, em casa de quem vivia desde muito novo, decidiu-se por seguir a carreira das armas.

Com esse objectivo, tendo terminado o curso no Liceu Nacional de Lisboa, em 1871 pretendeu entrar para a marinha de guerra, tendo contudo acabado por assentar praça no Regimento de Caçadores n.º 5, tendo requerido matrícula no curso de Infantaria da Escola do Exército.

Aluno distinto, terminou o curso em 1875, sendo então promovido a alferes e colocado no Regimento de Caçadores n.º 3. No ano seguinte casou com Amélia do Nascimento Conti.

A primeira comissão em Moçambique (1877-1881)
Com vocação para a área da engenharia, em 1877 conseguiu o lugar de engenheiro auxiliar na expedição a Moçambique que foi chefiada pelo engenheiro Joaquim José Machado e que tinha como objectivo fazer o levantamento das necessidades em matéria de obras públicas daquela colónia e realizar trabalhos preparatórios para a melhoria da rede de estradas e para a criação de um caminho-de-ferro que ligasse Lourenço Marques à fronteira com o Transvaal.

Tendo a seu cargo a realização de trabalhos de engenharia de obras públicas, chegou a Lourenço Marques a 7 de Março de 1877, afirmando-se desde logo como um dos mais importantes técnicos da expedição. Permanecendo em Moçambique até Fevereiro de 1881, altura em que regressou ao Portugal, foi nomeado chefe da secção de Obras Públicas do distrito de Inhambane, região onde, apesar da escassez de meios e das dificuldades técnicas que encontrou, viria a realizar uma obra notável. Simultaneamente foi encarregado de estudar o traçado do caminho-de-ferro de Lourenço Marques à fronteira, obra então considerada prioritária face aos compromissos assumidos com o governo da República do Transvaal. Também teve a seu cargo a construção do quartel da ilha de Inhaca.

Apesar de se encontrar comissão civil, Caldas Xavier não abandonou a sua condição de militar, colaborando nas operações de ocupação da então chamada campanha de pacificação que foram realizadas na região de Inhambane. Distinguiu-se especialmente na repressão da revolta das praças do Batalhão de Caçadores de Inhambane, em 1877, e nas operações de intimidação levadas a cabo durante as negociações com o régulo Zavala, em meados de Outubro de 1879.

Naquela campanha, Caldas Xavier obteve do régulo Zavala o compromisso de não dificultar o estabelecimento efectivo da ocupação nacional naquela região, o que levou ao início da construção de um quartel em Nhagondel, o que permitiu fortalecer a influência portuguesa a sul do Inharrime, na direcção das terras do Império de Gaza, então governado por Muzila.

 A segunda comissão em Moçambique (1883-1886)
Depois de uma curta permanência em Lisboa, durante a qual foi promovido a tenente a 11 de Agosto de 1881, Caldas Xavier voltou a Moçambique em 1883, desta vez como administrador da Companhia de Ópio da Zambézia.

Chegado a Moçambique constatou que pouco fora feito depois do reconhecimento ao Zavala e do início do quartel de Nhagondel que executara na sua anterior comissão. Caldas Xavier iniciou uma luta pela materialização dos seus planos de efectiva ocupação do território a sudoeste de Lourenço Marques, os que só vieram a ter execução em 1884, quando por portaria do governador-geral Agostinho Coelho, foi estabelecido um comando militar ao sul do Inharrime.

Iniciou um vasto plano de desenvolvimento da Companhia de que era administrador, que foi executando metodicamente. Porém, o sistema como fazia o recrutamento do pessoal necessário para os trabalhos da Companhia, provocou a hostilidade dos arrendatários dos prazos vizinhos e a 20 de Junho de 1884, vários desses indivíduos, à frente de centenas de homens armados atacaram a prazo de Massingir, um dos principais centros da Companhia.

Durante aquele ataque foi morto o comandante militar, capitão Victoriano Queirós, os seus filhos e a quase totalidade do destacamento sob o seu comando, escapando apenas o alferes Curado, a quem, por ser casado com a filha de um dos assaltantes, foi poupada a vida, sendo levado pelos atacantes.

Tendo conhecimento dois dias depois do ataque ocorrido em Massingir, Caldas Xavier previu que o mesmo ocorreria contra as instalações da Companhia em Mopeia, onde se encontrava, e imediatamente, com os fracos recursos que possuía, preparou a defesa ajudado por um seu irmão e pelo engenheiro inglês Henderson, funcionários da empresa.

O ataque materializou-se a 11 de Agosto, com os rebeldes a atacarem as instalações durante várias horas. Caldas Xavier e os homens que com ele haviam ficado, pois a maioria fugira ao ter conhecimento das atrocidades cometidas pelos rebeldes em Massingir e na sua marcha devastadora em direcção a Mopeia, conseguiram resistir durante tempo suficiente para que pudessem ser socorridos por uma coluna de 15 comerciantes estrangeiros, acompanhados por cerca de 100 auxiliares africanos, que tinha partido de Quelimane, numa tentativa de salvarem as suas feitorias espalhadas por aquela região.

Batidos no assalto às instalações da Companhia, os rebeldes dispersaram e acabaram por se render ao capitão-mor da Manica, Manuel António de Sousa, entregando-lhe o alferes Curado, que mantinham prisioneiro, e todo o armamento levado de Massingir.

Tendo a Companhia de Ópio da Zambézia passado a ser dirigida por ingleses, em Janeiro de 1886 Caldas Xavier foi forçado a abandonar o lugar que ocupava e regressou a Portugal.

 Comissão na Índia Portuguesa (1887-1890)
Novamente, após curta permanência em Lisboa, Caldas Xavier partiu para as colónias em finais de 1887, desta feita para a Índia Portuguesa, onde iria ocupar o lugar de chefe da fiscalização do caminho-de-ferro de Mormugão, agora já com a patente de capitão.

Na Índia desempenhou, além das funções de inspector-geral do Caminho-de-Ferro de Mormugão, os cargos de chefe da repartição militar de Mormugão e, por pouco tempo, de governador de Diu. Tendo sido promovido a major, regressou a Portugal em 1890.

Terceira comissão em Moçambique (1890-1893)
Mal tinha chegado a Lisboa, nesse mesmo ano de 1890, Caldas Xavier partiu de novo para Moçambique, a convite do engenheiro Joaquim José Machado, com quem havia trabalhado no serviço de Obras Públicas de Lourenço Marques durante a sua primeira comissão naquele território. Desta feita, aproveitando os seus conhecimentos de cartografia e topografia, pretendia-se que integrasse como técnico a comissão de delimitação de fronteiras entre o distrito de Lourenço Marques e a República do Transvaal.

Chegado a Moçambique no período crítico que se seguiu à Questão do Chire e ao consequente ultimato britânico de 1890, foi forçado a um período de inactividade, que se manteve até que Portugal e Grã-Bretanha chegaram a acordo sobre a delimitação das respectivas esferas de influência na África Oriental.

Logo que aquelas questões foram resolvidas, a Comissão iniciou os seus trabalhos. A chefia foi confiada ao engenheiro Freire de Andrade em virtude de Joaquim José Machado ter sido, entretanto, nomeado governador-geral de Moçambique.

No âmbito dos trabalhos da comissão de fronteiras coube a Caldas Xavier proceder ao reconhecimento do rio Limpopo, o que fez com dois meses de avanço sobre a chegada dos seus companheiros da comissão a Lourenço Marques. Em resultado desta viagem de exploração, após o seu regresso a Portugal em 1893, publicou em Lisboa um notável trabalho sobre o Limpopo, no qual chamou a atenção para a necessidade premente de subjugar Ngungunhane, o Gungunhana, então o imperador de Gaza.

Em consequência da posição de força contida no ultimato britânico de 1890 e da submissão portuguesa às exigências britânicas, ocorreram os incidentes de Manica, de que resultou o aprisionamento, por uma força da British South Africa Company, que pretendia estabelecer-se na região, agora reclamada como inglesa, de Joaquim Carlos Paiva de Andrada e do capitão-mor de Manica, Manuel António de Sousa.

Face à onda de indignação popular que aquele facto gerou, a 10 de Dezembro de 1890, realizou-se uma sessão pública da Câmara Municipal de Lourenço Marques, em que foi proposta a organização de uma força, para fazer face ao invasor e expulsá-lo do território que era reclamado por Portugal, tendo Caldas Xavier, que estava presente na sessão, sido indicado para seu comandante.

Caldas Xavier empenhou-se então na organização dessa expedição e após grandes dificuldades foi possível reunir para a integrar um destacamento do Regimento de Caçadores n.º 4, outro do corpo da polícia e uma companhia do batalhão de voluntários, constituído na altura.

A força partiu a 10 de Janeiro de 1891 para a Beira, a bordo do vapor Rovuma, chegando a Macequece, ou Massi Kessi, a 5 de Maio. No dia 11 de Maio a expedição fez um reconhecimento em força às posições inimigas, mas, depois de um dia de luta acesa, foi forçada a bater em retirada. Derrotada no terreno e na frente diplomática, face às concessões entretanto feitas por Portugal à Grã-Bretanha, sem conseguir os esperados resultados, em Agosto, a força retirou para a Beira, vindo a desembarcar em Lourenço Marques, a 4 de Setembro de 1891.

Entretanto, Portugal fora forçado pela Grã-Bretanha a assinar um entendimento sobre os limites das respectivas esferas de influência na região, conhecido pelo Tratado dos Limites Fronteiriços de Manica, pelo qual Portugal cedeu à British South Africa Company amplos territórios para oeste de Macequece, incluindo os campos auríferos de Manica que lhe ficam próximos.

Mesmo assim, Caldas Xavier foi agraciado com o oficialato da Ordem da Torre e Espada, da qual já era cavaleiro, pela acção desenvolvida na malograda expedição a Macequece.

Regressou a Portugal em 1893, tendo na altura proferido diversas conferências e publicado artigos na imprensa sobre a necessidade da ocupação efectiva de Moçambique, à luz dos requisitos da Conferência de Berlim. Tal ocupação implicava a realização de uma campanha militar destinada a subjugar os povos da região, com destaque para os nguni, ou vátuas como na altura eram conhecidos em Portugal, chefiados pelo poderoso Ngungunhane, o que viria a contecer em 1895.

A quarta comissão em Moçambique e o falecimento (1894-1896)
Novamente em missão de delimitação de fronteiras, partiu 1894 para Moçambique, tendo chegado a Lourenço Marques quando se desencadeava a rebelião ronga que pôs em perigo a presença portuguesa naquela região. Durante o cerco à cidade que ocorreu nesse ano, Caldas Xavier desempenhou um lugar destacado na organização da sua defesa.
 Quando chegou a Lourenço Marques o comissário régio António José Enes, era Caldas Xavier, apesar de não se encontrar em missão militar, o mais destacado oficial empenhado na repressão dos povos ronga da região.

Tendo o cerco da cidade sido repelido, foi decidido realizar um reconhecimento à região circundante para determinar o local onde as forças da resistência africana estavam concentradas. Caldas Xavier foi escolhido para comandar essa missão, tendo-lhe sido disponibilizada uma força composta por uma companhia do Regimento de Caçadores n.º 2, uma secção de artilharia de montanha, alguns pelotões de tropas auxiliares africanas do Batalhão de Caçadores n.º 3, e treze homens a cavalo da polícia de Lourenço Marques. A força partiu da cidade na madrugada de 21 de Janeiro de 1894, regressando sem que tivesse entrado em contacto com a resistência.

Atendendo à maneira como as tropas suportaram a marcha, e perante as informações obtidas, como forma de aliviar a pressão do inimigo sobre a cidade, António Enes resolveu mandar ocupar Marracuene, local onde se determinou estar a principal força da resistência.

Com esse objectivo foi organizada uma força composta por três pelotões do Regimento de Caçadores n.º 2, uma força metropolitana recentemente chegada a Moçambique, reforçada por uma bateria de montanha a quatro peças e duas metralhadoras Nordentfeld, uma secção de cavalaria e um pelotão da polícia de Lourenço Marques, e ainda quatro pelotões de tropas auxiliares africanas do Regimento de Caçadores n.º 3, integrando soldados de Angola e da ilha de Moçambique. Ao todo eram 37 oficiais e 800 soldados. O comando da força foi entregue ao major José Ribeiro Júnior, tendo como segundo comandante Caldas Xavier. Contudo, dado que o major José Ribeiro Júnior se encontrava doente, o comando efectivo da força recaiu em Caldas Xavier, que mais uma vez provou a sua capacidade organizadora e espírito de iniciativa.

A expedição partiu de Lourenço Marques a 28 de Janeiro de 1895, adoptando um dispositivo de marcha que facilitava a rápida formação em quadrado, estratégia que havia sido ensaiada como a melhor resposta a nas regiões de savana aberta a um eventual ataque das forças africanas, de longe mais numerosas, mas mal armadas. A formação consistia na formação de um vasto quadrado, com as forças auxiliares africanas no exterior e a artilharia e as metralhadoras nos vértices, deixando as forças europeias protegidas e móveis no seu interior para poderem responder a qualquer brecha que o inimigo abrisse.

A expedição passou a noite de 28 de Janeiro bivacado em Anguane, e chegou a Marracuene pelas quatro da tarde do dia seguinte. Depois de ter permanecido no local durante três dias de tranquilidade, na madrugada de 2 de Fevereiro, a coluna foi violentamente atacada. Neste confronto, que ficou conhecido pelo Combate de Marracuene, o dispositivo em quadrado chegou a ser penetrado pelas forças inimigas, pondo em risco toda a estratégia defensiva que havia sido montada.

Contudo, Caldas Xavier, que comandava a coluna por doença do major Ribeiro, ajudado pelos capitães Roque de Aguiar e Eduardo Costa e os tenentes Paiva Couceiro e Aires de Ornelas, rapidamente conseguiram refazer a face do quadrado que havia colapsado e após hora e meia de descargas cerradas as forças da resistência africana foram repelidas.

Estava consumada a primeira de uma série de vitórias militares que terminariam com a destruição de Manjacaze, a capital do Império de Gaza e o aprisionamento de em Chaimite do poderosos Ngungunhane. Mas, para além de ter sido a primeira grande vitória portuguesa nas campanhas de pacificação de Moçambique, a vitória em Marracuene ficou célebre por ter permitido demonstrar que a estratégia do quadrado, mesmo quando penetrada, era defensável, pois até então, quadrado roto era considerado perdido.

A expedição vitoriosa regressou a Lourenço Marques a 5 de Fevereiro, trazendo à frente Caldas Xavier, pois o estado do major José Ribeiro Júnior tinha-se agravado, tendo desfilado pelas ruas da cidade.

Depois da expedição a Marracuene, e porque Caldas Xavier não estava em comissão militar em Moçambique, mas sim ao serviço do Ministério dos Negócios Estrangeiros, não lhe foi dado comando de tropas. Apesar disso, o comissário régio António Enes, aproveitou as suas qualidades militares e prestígio nas operações seguintes, nomeando-o comandante do Serviço de Etapas, o órgão de apoio logístico e de socorro imediato às colunas empenhadas nas campanhas de pacificação.

Porém, a doença tropical, que há muito o minava, não lhe permitiu muito mais tempo de actividade. Teve de se recolher em casa de uma família amiga de Lourenço Marques numa tentativa de se restabelecer. Tal não aconteceu e Alfredo Augusto Caldas Xavier faleceu, na então cidade de Lourenço Marques, hoje Maputo, vítima de doença contraída em África, a 8 de Janeiro de 1896, poucos dias após a chegada como prisioneiro àquela cidade de Ngungunhane (o Gungunhana), o principal inimigo das pretensões portuguesas no território que viria a ser Moçambique.


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NR: Por razões técnicas a que somos alheios alguns temas habituais  deste domingo não foram inseridos à hora habitual. Estamos a providenciar o restabelecimento das edições em falta, na hora a que costumavam ser publicados.. As nossas desculpas.
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