16/10/2011





Cheque do FMI relativo à primeira tranche do empréstimo a Portugal ainda foi assinado por Dominique Strauss-Kahn (curiosa assinatura)

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ESTA SEMANA NA
"A VISÃO"

OE2012: Louçã diz que falta revelar "segredo" das conclusões da 
negociação com a banca

O líder do Bloco de Esquerda afirmou hoje que o próximo Orçamento do Estado contém um "segredo" que ainda não foi esclarecido aos portugueses, que é o resultado das negociações entre o Governo e a banca portuguesa.

O Orçamento do Estado (OE) para 2012, que será entregue à Assembleia da República na segunda-feira, "ainda terá que nos dizer para que é que servem estas medidas [de austeridade] e o empobrecimento da população", afirmou o líder do Bloco, Francisco Louçã.

"É que as longuíssimas negociações, interrompendo o próprio Conselho de Ministros que aprovou o OE, entre o Governo e a banca portuguesa não foram ainda concluídas e é o resultado dessa discussão que é a parte desconhecida do OE", acusou Louçã.


* Entre governos portugueses e banca sempre houve muito boas relações, para os cidadãos, sobram ralações.

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HIPERPLASIA BENIGNA SOB A MIRA
DE UMA INVESTIGAÇÃO INOVADORA


JÁ NÃO É PRECISO RECORRER À CIRURGIA
(em muitos casos)


Quando se escreve sobre saúde, é costume referir a taxa de incidência das doenças na sociedade, quer em número de pacientes num determinado universo, quer na percentagem da população atingida. Este é um caso especial, porque a hiperplasia da próstata é um problema que não se situa dentro de margens percentuais:
atinge TODOS os homens, mais cedo ou mais tarde, é apenas uma questão de idade.

Sendo uma doença que só aparece em idades avançadas,
torna-se particularmente relevante numa ocasião em que a esperança de vida aumenta continuamente.

Mas vamos a números, no concreto:

A partir dos 60 anos de idade, a incidência é de 65% na população masculina; entre os 70 e os 80, sobe para 80%, entre os 80 e os 90 para 90% e a partir dos 90 o número é mesmo 100% - todos!

Trata-se, portanto, de um mal a que não se pode fugir.

Há que lidar com ele da melhor maneira, porque faz perder completamente a qualidade de vida, a dignidade e a hipótese de uma existência feliz.

Até hoje, todas as soluções implicavam sofrimento, mudança radical de hábitos, medicamentos extremamente caros para o resto da vida e a perda total da capacidade sexual.

Tudo mudou graças à iniciativa de um cientista português que, com investigação, descobriu uma forma de melhorar a doença, sem cirurgia, sem internamento hospitalar e sem alteração da actividade sexual ou até a sua melhoria.

Trata-se do Dr. João Martins Pisco, já pioneiro no tratamento de mulheres com fibromiomas uterinos, a quem cura sem cirurgia, permitindo a manutenção dos órgãos reprodutores e a capacidade de ter filhos.

Agora encontrou uma solução da mesma grandeza para os homens e é, neste momento, o único médico no Mundo a fazer este tipo de investigação. Na realidade é uma investigação que está a efectuar com excelentes resultados, pois nesta fase não se deve denominar de tratamento.

Tudo começou no início de 2009 e estão tratados até agora 65 pacientes, dos quais apenas um não obteve os resultados desejados. Isto equivale a uma taxa de sucesso de 98,5%, o que para uma nova terapia acabada de inventar é um número extraordinário.
(estes dados foram actualizados em 5 de Dezembro de 2010)

Dos 24 pacientes tratados com êxito, nove estavam algaliados e não podiam, portanto, ter relações sexuais. Todos renasceram para uma vida nova, com qualidade e um futuro em que podem agora confiar.

O primeiro doente que se quis submeter à investigação de Martins Pisco, para além do valor emblemático de ter sido o primeiro, adquiriu dimensão histórica no currículo e na memória do pioneiro português. Tratou-se de um seu amigo pessoal, de 78 anos de idade, que lhe confidenciou que estava numa fase de completo desespero por estar algaliado havia 3 meses e estar a chegar a um ponto em que já não aguentava mais aquilo em que a doença lhe transformara a vida. Foi tratado, abandonou por completo a medicação e telefonou, um ano depois, a comunicar, feliz, que ia ser pai: a esposa, de 39 anos, estava grávida.

Mas vamos a factos, quanto à doença e a esta nova investigação revolucionária que significa uma nova esperança para os homens - para todos os homens.

O QUE É A HIPERPLASIA BENIGNA 
DA PRÓSTATA


Com o avançar da idade, a próstata "incha", aumenta de volume. Trata-se de uma proliferação adenomatosa, não maligna, que pode obstruir as vias urinárias inferiores. É o tumor benigno mais comum no homem.

Esta patologia pode começar a aparecer depois dos 40, mas normalmente isso só sucede por volta dos 60 ou mais; a partir daí, a incidência aumenta muito com o passar dos anos e acaba por ser inevitável a partir de uma idade avançada.


SINTOMAS

Os sintomas mais comuns são a dificuldade em urinar, fazê-lo normalmente em pequenas quantidades e com uma vontade frequente, que muitas vezes leva os homens a levantar-se várias vezes durante a noite para ir à casa de banho. O jacto pode ser fraco e intermitente ou mesmo causar dor. Fica-se com a sensação de que a bexiga continua cheia. Por vezes há também perda de sangue.

Estes sintomas podem ocorrer isoladamente ou em conjunto. Quando a situação se agrava, pode chegar-se à retenção urinária, que leva o paciente ao hospital para que lhe seja introduzida uma sonda pela uretra, para esvaziar a bexiga.

DIAGNÓSTICO

Faz-se através de exames médicos, que podem ir do toque rectal à ecografia pélvica por via rectal, análises laboratoriais incluindo Urina II, Glicemia, Colesterol, Triglicerideos, Hemograma, V.S., Creatinina e Ureia, exame PSA (dosagem do antígenio prostático específico), para determinação de existência ou não de neoplasia.

MEDICAÇÃO

É a primeira fase de abordagem ao problema, quando não é ainda muito grave. Usam-se medicamentos, que por norma reduzem a potência sexual em mais de metade dos casos. São eles os antagonistas alfa1 (doxazosina, alfasusina e tamsulosina) e os inibidores da 5 alfa reductase (finasteride e dutasteride). Com o evoluir da patologia, avança-se para uma das várias soluções cirúrgicas que existem.

CIRURGIA

A mais comum é a "prostatectomia a céu aberto", ou seja, a extracção cirúrgica da próstata. Existe também a "ressecção transuretral da próstata" (TURP), em que todo o procedimento é realizado pela uretra.

Outros métodos incluem cirurgia a laser, termoterapia, eletrovaporização, etc., mas com resultados que não se comparam aos das cirurgias clássicas.

As intervenções cirúrgicas estão frequentemente associadas a hemorragia, com necessidade de transfusão sanguínea.

A TURP está sempre associada a ejaculação retrógrada (o esperma vai para a bexiga) e a cirurgia clássica provoca igualmente e ejaculação retrógrada e impotência sexual numa grande percentagem dos pacientes.

Os números "oficiais" apontam para índices de impotência entre os 50 e os 60%, mas o Dr. Martins Pisco, após uma Conferência em que participou recentemente em Tampa, nos Estados Unidos, foi abordado por vários colegas americanos que lhe garantiram que os "números oficiais" eram falsos e que a impotência resultante da cirurgia era de cerca de 100%.

NÃO FAZER NADA

Quando não tratada, a HBP pode levar a graves complicações: cálculos na bexiga, infecções urinárias, insuficiência renal e retenção urinária, que obriga ao uso de algália.

Resolver o problema é sempre inevitável.

A NOVA DESCOBERTA
O CAMINHO DA ESPERANÇA

Trata-se de uma técnica de radiologia de intervenção, chamada "embolização" e que se aplica em determinadas artérias, conforma a doença. É o método que Martins Pisco utiliza já para curar fibromiomas uterinos em mulheres, embolizando-lhes as artérias que alimentam os miomas, e que agora encontrou forma de estender aos homens, para intervir na próstata.

"Embolizar" significa provocar a oclusão de um vaso sanguíneo, normalmente uma artéria, para diminuir o fluxo de sangue a um determinado local.

No caso da próstata, o seu aumento de volume depende de irrigação sanguínea. O que Martins Pisco faz é "entupir" as artérias que fornecem esse sangue, levando a que ela "mirre", atrofia que surge uma vez interrompida a circulação sanguínea que a irriga.

O processo é rápido (e acredita-se nesta fase da investigação que é também duradouro) e a próstata é preservada, obtendo-se uma diminuição de volume que chegou já, nos casos tratados e no curto prazo desta terapia, a uma redução de 65% do tamanho original.

Conseguido isto, os sintomas melhoram ou desaparecem mesmo, a medicação é abandonada e a potência sexual mantida.

Esta técnica inovadora chama-se "embolização das artérias prostáticas" (EAP) e é uma nova resposta à Hiperplasia Benigna da Próstata. É minimamente invasiva, não comporta os riscos inerentes a qualquer outra forma de cirurgia e não requer anestesia geral.

 EMBOLIZAÇÃO DAS ARTÉRIAS PROSTÁTICAS

Tudo começa com uma consulta prévia, exames e algum tempo de preparação, que inclui o abandono dos medicamentos tradicionais, durante alguns dias e até à intervenção.
Chegado "o dia", o paciente apresenta-se no hospital com 4 horas de jejum, é preparado para o tratamento e conduzido à sala de intervenção, onde, sob anestesia local, pode acompanhar todo o processo através dos monitores que orientam os terapeutas.

É introduzido um cateter com 1,5 mm de diâmetro (comparável à agulha de anestesia de um dentista) numa artéria na zona direita da virilha, por onde é injectado um produto, que consiste em microesferas de plástico à base de polivinil álcool, que vai proceder à oclusão dos vasos sanguíneos que alimentam o lado esquerdo da próstata, passando-se então para a artéria que alimenta o lado direito. Em ambos os casos é preservada a permeabilidade das artérias pudendas internas, o que permite aos pacientes manter a potência sexual.

O evoluir do processo é acompanhado em monitores de uma aparelhagem sofisticada que orienta a equipa, podendo verificar-se, em tempo real, o entupimento dos vasos sanguíneos cuja oclusão se pretende.

Artéria ilíaca interna antes da embolização das artérias prostáticas, que já não são visíveis depois.

Todo o processo demora uma a duas horas, durante as quais o paciente mantém a consciência e pode visualizar o tratamento.

Volume da próstata antes e depois da embolização

Retirado cateter, está concluída a intervenção, sem dor nem perda de sangue.

Duas horas após a embolização, o paciente já pode ir à casa de banho pelo seu próprio pé e já urina sem dificuldade.

Três horas depois pode tomar uma refeição ligeira. Volvidas quatro a oito horas tem alta e regressa a casa, mesmo que more a centenas de quilómetros de Lisboa.

O período aconselhado de convalescença é de dois a três dias, mas a maior parte dos pacientes retoma as suas actividades no dia seguinte. Não deve, em qualquer dos casos, ficar acamado, devendo ter um dia normal da actividade física a que esteja habituado.

Na manhã após o tratamento, recebe um telefonema do médico, que volta a contactá-lo uma semana depois e o acompanhará durante três anos.

Todos os pacientes recebem o número de telemóvel do médico, que estará disponível 24 horas por dia.

RESULTADOS

Sem vasos sanguíneos, a diminuição do tamanho da próstata e dos nódulos adenomatosos faz-se gradualmente, verificando-se uma redução progressiva nos primeiros 3 meses após a embolização.

Os pacientes tratados afirmam uma melhoria da qualidade de vida e de estado de espírito, mais optimismo, melhor disposição para as actividades pessoais e profissionais, mais energia e mais espírito criativo. Testemunham ter passado a dormir com maior tranquilidade e alguns referem uma melhoria clara de potência sexual.

A QUEM SE DESTINA

Esta investigação está a ser prioritariamente direccionada por Martins Pisco para doentes com obstrução uretral aguda, hematúria refractária e doentes algaliados durante muito tempo (como era o caso de nove dos 25 já intervencionados), particularmente aqueles com indicação cirúrgica absoluta (retenção urinária, insuficiência renal secundária a obstrução prostática, hematúria, divertículo, litíase vesical) ou a doentes a quem uma patologia associada grave torne a cirurgia prostática num risco considerável.

Apesar da embolização ser minimamente invasiva, só deve, contudo, ser efectuado em pacientes com sintomas graves. Por tal motivo, todos os doentes serão avaliados por um urologista da equipa de Martins Pisco, o Professor Luis Campos Pinheiro.

Após o acordo do urologista, o paciente deverá efectuar um exame Angio-TAC Pélvica para avaliação dos vasos da pélvis e da próstata. A fim de evitar qualquer risco, a embolização só será realizada se aqueles vasos não estiverem muito envolvidos pela ateroesclerose.

A avaliação dos resultados da embolização é efectuada periodicamente pelo mesmo urologista. Por se tratar de uma investigação nova e não ainda de um tratamento standard, os resultados tem de ser avaliados periodicamente.

Constitui também uma solução para quem, por motivos religiosos (como é o caso das testemunhas de Jeová), não queira ser submetido a cirurgia ou a transfusões sanguíneas, que aqui não são necessárias mas são normalmente inevitáveis nas cirurgias clássicas.

Finalmente, é uma abordagem inovadora – e agora possível – ao problema dos doentes com diagnóstico de Hiperplasia Benigna da Próstata.

A QUEM NÃO SE DESTINA

Doentes já com diagnóstico de neoplasia próstática (cancro da próstata).
Doentes com aterosesclerose avançada ou grande tortuosidade dos vasos pélvicos, uma vez que não permite a cateterização eficaz das artérias.

Obrigado D.A.M.

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A Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras – foi fundada em Abril de 2002, com o objectivo de apoiar doentes, famílias e todos os que convivem de perto com as Doenças Raras.

Pretendemos ser uma associação com elevado reconhecimento nacional e internacional no que às Doenças Raras diz respeito e para isso empenhamo-nos em participar em diversos projectos, quer de âmbito nacional, quer internacional.

Uma das razões da nossa existência é a divulgação das Doenças Raras. Para isso:

 Incentivamos a reflexão e o debate sobre as necessidades dos portadores de doenças raras e suas famílias;

 Sensibilizamos a comunidade para a realidade das doenças raras;

 Alertamos a Comunicação Social para a importância da divulgação da informação sobre as doenças raras, bem como a importância das organizações que as representam;

 Demonstramos à sociedade a importância do movimento associativo no apoio e acompanhamento dos portadores de doenças raras e das suas famílias.

O apoio aos doentes e às respectivas famílias é outra dos nossos pilares de actuação. Por isso mesmo, continuamos a prestar o melhor apoio possível aos nossos associados e aos cidadãos em geral, na temática da (in)formação, tendo em conta os seguintes objectivos:

 Promover a igualdade de direitos dos portadores de doenças raras e suas famílias;

 Melhorar a divulgação de meios e recursos, que permitem aos portadores de doenças raras a escolha, digna, do seu modo de vida com interacção no seu meio social e cultural;

 Melhorar a coordenação entre técnicos, instituições nacionais das áreas de medicina, ensino, reabilitação e o sector associativo.

A todos os nossos doentes raros e respectivas famílias, um grande bem hajam!

Como apoiar

O maior projecto da Raríssimas é, neste momento, a conclusão da Casa dos Marcos, uma obra de grande envergadura que necessita do apoio de todos para que esteja brevemente ao serviço da comunidade.

Caso queira contribuir para esta obra solidária, por favor faça o seu donativo para o NIB:
Conta BPI nº 0010 0000 3796 8970 0018 0

IBAN : PT50 0010 0000 3796 8970 0018 0
SWIFT/BIC
BBPIPTPL

Para além do projecto megalómano da Casa dos Marcos, a Raríssimas, encontra-se a desenvolver neste momento mais dois projectos de suma importância.

O Centro Multidisciplinar, em Lisboa, é um projecto de apoio aos doentes raros e que necessita, para já, de obras que permitam o funcionamento em pleno desta unidade. O Centro Multidisciplinar procura não só apoios a nível de construção, como também de materiais que possibilitam uma completa integração do utente. Caso queira participar deste projecto, poderá fazer o seu donativo para:

0010 0000 4235 5060 0017 6 - Banco BPI

Para mais informações ligue 21 362 31 91

Linha Rara é o nome de um serviço de utilidade pública que visa promover o esclarecimento e encaminhamento de todos os utentes com dúvidas e problemas relacionados com as doenças Raras. Para que este serviço funcione na perfeição é necessário, além dos profissionais que colaboram voluntariamente, toda uma estrutura de telecomunicaçõ,es que possibilite o funcionamento em pleno deste serviço. Para fazer o seu donativo para este projecto :

0010 0000 4235 5110 0013 8 - Banco BPI

PORQUE ESPERA???

ESTA SEMANA NO
"O JOGO"


Cidade do Futebol requalifica Jamor

Fernando Gomes, candidato à presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), vai propor a criação da "Cidade do Futebol", no Estádio Nacional, após requalificação total do espaço, no Jamor, em Oeiras.

Esta é uma das ideias que o candidato tem apresentado nas reuniões com as associações distritais, estruturas de classe e clubes, no âmbito da "campanha" para as eleições federativas, marcadas para 10 de Dezembro, às quais deverá concorrer com Carlos Marta, presidente da Câmara Municipal de Tondela, e António Sequeira, ex-secretário-geral da FPF.

Além disso, Gomes defende ainda que a "receita dos jogos das selecções deixem de ser apenas para a associação do distrito onde se realiza o jogo, e que a mesma seja distribuída por todas". O presidente da LPFP defende ainda a publicação dos critérios para atribuição de estádios aos jogos das selecções, assim como a criação de um fundo para a realização de obras nos clubes amadores.

Fernando Gomes pretende que exista uma "transparência absoluta nos contratos, tornando claros todos os intervenientes nos processos" e quer também "regular os empréstimos de jogadores entre os clubes", acrescentou a mesma fonte.


* E sobre a percentagem obrigatória de jogadores portugueses nas equipas que disputam as ligas profissionais, vai ficar para as calendas????


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5 –ANÚNCIOS RADICAIS



 (Semi) Vestida para matar

Censurado na televisão norte-americana, este anúncio a uma marca de lingerie mostra uma forma "limpa" de matar o marido (idoso e presumivelmente rico) na noite de núpcias

A marca de roupa interior New Yorker levou ao extremo o conceito de "vestida para matar" e exibiu, ou melhor, tentou exibir, nos ecrãs dos EUA este anúncio, em que um idoso morreu de enfarte enquanto assistia à dança sensual da sua jovem esposa, em lingerie, através de um buraco de fechadura, na noite de núpcias.

Texto IN "VISÃO"
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BALÃO ORIGINAL



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ESTA SEMANA NO
"i"

Austeridade adicional leva recessão a 3% em 2012, dizem economistas
Risco de espiral recessiva, como na Grécia, é real. Governo tem inscrita no OE/2012 uma queda 
significativa da receita fiscal no próximo ano

A dose adicional de austeridade apresentada pelo governo implicará um agravamento da contracção da economia para cerca de 3%, o valor mais alto desde 1975, prevêem economistas contactados pelo i. Enquanto o ritmo do aperto orçamental se mantiver neste nível de 2012 – um corte real no défice de 5% do PIB –, o risco de uma espiral recessiva é real.
“Face às medidas conhecidas, revimos em baixa as nossas previsões para o próximo ano, de uma contracção de 2,5% para 2,9%”, indica Paula Carvalho, economista do Banco BPI, em Lisboa. O corte explica-se sobretudo pelo impacto que as medidas – apontadas ao rendimento disponível dos funcionários públicos e pensionistas, com contágio ao sector privado (ver página 2) – terão no consumo, que representa dois terços da economia. Ainda ontem, a Comissão Europeia avisou, em relação a Portugal, que “não se podem aplicar os mesmo cortes em políticas que podem ter impacto importante em termos de crescimento”.
“Temos de admitir uma revisão em baixa do crescimento para 2012”, afirma Filipe Garcia, economista da consultora IMF, no Porto. “Não tenho ainda um número em concreto, mas estimo que a contracção possa estar perto dos 3%. Será certamente pior que os 2,5% [previsão actual] ou do que os 2,2% do Banco de Portugal”, acrescenta.
A previsão do Banco de Portugal (BdP), de contracção de 2,2%, foi divulgada há nove dias. Mas porque segue as regras europeias, o banco central conta apenas com o impacto de medidas detalhadas ou de aprovação garantida, o que excluía logo à partida fatias da austeridade, mesmo antes do anúncio feito pelo governo esta semana. Com as novas medidas, o agravamento da previsão – que, sabe o i, já era previsto pelo BdP – será de maior intensidade.
Também o governo deverá rever os valores já indicados pelo primeiro-ministro no parlamento há duas semanas, em linha com os do BdP. “Será revista em alta, entre 2,2% e 2,3%, é esta a nossa previsão e será muito provavelmente aquela que acompanhará o cenário macroeconómico do Orçamento do Estado que será apresentado na Assembleia da República”, revelou então. As medidas apresentadas entretanto comprometem estes valores.
O agravamento rápido das previsões reflecte, em primeiro lugar, a violência do aperto orçamental e da dieta de desalavancagem (redução do endividamento) imposta pela troika aos bancos. Em meados do ano, o FMI e o governo previam uma contracção de 1,8% em 2012. O BdP referiu meses depois 2,2% e agora o valor mais provável ronda 3%.
“Existe claramente o risco de matar o paciente, tal a dose de medicação”, admite Paula Carvalho, que aguarda a apresentação da proposta de OE/2012 para encontrar “medidas mais detalhadas para as empresas privadas, sobretudo as exportadoras”. Filipe Garcia concorda com a análise. “A espiral recessiva é um risco até que o processo de ajustamento [económico] afrouxe”, afirma.
A escalada rápida da recessão dificulta muito o processo de consolidação orçamental. Segundo apurou o i, o governo vai incluir no Orçamento do Estado uma “queda significativa” da receita fiscal face a 2011 – uma queda que obriga a intensificar o esforço de austeridade, que, por sua vez, agrava as condições da economia. Na Grécia, este efeito explicou parte relevante das derrapagens orçamentais.
O agravamento da economia significará uma aceleração mais rápida do desemprego. Para uma contracção de 2,2% este ano (será ligeiramente inferior) e de 1,8% no próximo, o FMI previa uma taxa de desemprego de 13,4% em 2012. “Ficará seguramente acima de 13%”, prevê a economista Paula Carvalho.


* Esta notícia quer dizer nas entrelinhas que em 2012 vamos ter UM MILHÃO DE DESEMPREGADOS, no mínimo.

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5 - A GRANDE FARSA DO AQUECIMENTO GLOBAL




Documentário produzido pelo canal 4 da TV inglesa que fala sobre a grande mentira criada sobre um aquecimento global causado pelo homem que hoje se tornou quase uma verdade absoluta, incontestada pela mídia e por governos mundo a fora. Uma farsa elaborada para frear o desenvolvimento do terceiro mundo e impor altos impostos sobre o carbono, todo derivado de petróleo ou qualquer outra material divulgado como a principal causa deste "aquecimento global". Entrevistados neste filme, vários cientistas, historiadores e especialistas nesta área da ciência, negam haver qualquer relação entre o CO2 produzido pelo Homem com o aparente aquecimento global, mas o contrário, aparentemente o CO2 é resultado de tal aquecimento e não seu causador. As pesquisas e dados são reveladas e a verdade vem à tona, o aquecimento global causado pelo Homem é apenas uma propaganda mediática para arrecadar fundos para o novo governo mundial que está sendo implantado. Veja e tire suas conclusões.

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ESTA SEMANA NA
"EXAME INFORMÁTICA"
 
Um quarto das redes Wi-fi portuguesas estão desprotegidas

Um estudo da empresa de segurança eletrónica BitDefender estima que 25% das redes wi-fi usadas pelos portugueses podem ser facilmente atacadas por hackers.


A marca romena informa que estes números foram apurados após a análise a 2133 redes wireless de consumidores domésticos empresariais portugueses.

O estudo,que foi realizado entre 22 de Novembro de 2010 e 3 de Outubro de 2011, concluiu que 61% das redes analisadas estavam bem protegidas com códigos WPA ou WPA2. Em contrapartida, o mesmo estudo apurou que 19% das redes analisadas recorrem a códigos WEP, que já se encontram ultrapassados do ponto de vista de segurança.

Em comunicado, a BitDefender refere ainda que 11% das redes em análise mantêm as passwords que vêm do fabricante "por defeito", e há mesmo seis por cento de redes que nem sequer têm credenciais de segurança.

Nas empresas, o panorama não é muito diferente: 62% das redes analisadas estão protegidas com sistemas de segurança WPA e WPA2, enquanto 15% das redes mantêm sistemas de segurança WEP.

Os investigadores da BitDefender descobriram que 22% das redes Wi-Fi dessas empresas não tinham qualquer sistema de segurança ativado.


* À atenção dos "notáveis" informáticos portugueses


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JOÃO CÂNDIDO DA SILVA



Tiro ao Álvaro

A vida não está fácil para Álvaro Santos Pereira e nem outra coisa seria de esperar. Está em causa um ministro que é responsável pela pasta da Economia, numa economia que está em recessão e que não vai conseguir sair dela nos tempos mais próximos.

Quando tomou posse, o ministro pediu que o tratassem por Álvaro. Entre a oposição, e até no interior dos partidos que integram a coligação de Governo, a mensagem foi entendida de outra forma. Pela contestação e descrença que se vão manifestando em seu redor, dir-se-ia que Santos Pereira teria solicitado que o tratassem, simplesmente, como um alvo.

Numa economia que não cresce, nem aparece, o ministro respectivo precisaria de ser capaz de operar milagres para não ser visto e tratado como o elo fraco do Governo. A orgânica do Executivo é a primeira responsável pela situação. Constrangido pela promessa de constituir uma equipa pequena, poupada e eficiente com o objectivo de dar o exemplo em época de exigência de sacrifícios, Pedro Passos Coelho criou um mastodonte difícil de gerir. E a demagogia paga-se.

Da legislação laboral à Estradas de Portugal, do estado de ruína das empresas de transportes públicos às SCUT, o que não falta no Ministério da Economia são cargas pesadas para serem suportados por um só responsável político. É como pedir a um bombeiro que combata, em simultâneo, um incêndio em Trás-os-Montes e outro no Algarve. Algum vai ficar por apagar.

A este equívoco na formação do Governo, somam-se erros quase infantis como o que proporcionou o espectáculo a que se assistiu na Assembleia da República, quando Álvaro Santos Pereira foi apresentar um plano de reestruturação dos transportes públicos a deputados que desconheciam semelhante documento. Perante a visível surpresa e embaraço do ministro, a oposição desfrutou o petisco. A política não é cenário em que, por hábito, se poupem os deslizes dos adversários. Lançado aos leões, Santos Pereira foi devorado. Sem contemplações.

Era suposto que entre os partidos que apoiam o Governo surgissem palavras de apoio. Afinal de contas, é consensual que o país precisa de mais crescimento económico e que este será essencial para acrescentar sustentabilidade ao desendividamento dos sectores público e privado. Mas quem tenha esperado que Álvaro Santos Pereira pegaria numa varinha mágica e, em menos de quatro meses, colocaria Portugal a crescer a um ritmo chinês só pode ter sido vítima de ilusões delirantes.

Há tropeções em que tem inegáveis direitos de autor, mas os problemas de fundo do ministro da Economia são outros. O CDS ambicionava a pasta e, de forma mais subtil ou mais explícita, tem interesse em expor os defeitos, reais ou fantasiados, e roer os alicerces que sustentam Álvaro Santos Pereira. Entre os dois partidos, pede-se mais cuidado com as relações públicas. Muito bem. O ministro deve falar com quem está na economia real e conhece os seus problemas. Acontece que os empresários que costumam ter acesso ao Governo, seja qual for a sua cor, apreciam conversar com o ministro do momento se este tiver um subsídio no bolso do casaco para rematar o bate-papo de forma feliz.

A má notícia é que Álvaro Santos Pereira não tem cheques para distribuir, o que, numa economia dependente do Estado, o coloca em xeque. Sucede, também, que o Governo tem de fazer um profundo trabalho de reforma do Estado e da sua forma de estar na economia. Quem acreditar que a retoma surgirá dos cofres públicos estará enganado sobre a natureza dos problemas que levaram o país a pedir apoio externo. Preferirá agravar a doença e evitar as dores da cura.

As empresas enfrentam problemas de liquidez, apertadas pelas restrições ao crédito. É uma dificuldade grave, que passa pelos bancos, e que o Ministério das Finanças e o Banco de Portugal têm que ajudar a superar. Se isto faz do ministro da Economia uma figura decorativa, é uma questão de opinião. O que parece mais certo é que quem, por estes dias, se entretém a praticar tiro ao Álvaro, anda a apontar ao alvo errado.


IN "JORNAL DE NEGÓCIOS"
10/10/11

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ESTA SEMANA NO
"AUTO SPORT"


Piloto luso 'tenta' 13 provas em 2012
Armindo Araújo: "Vamos estar no Rali de Monte Carlo!"

Armindo Araújo está já a preparar a próxima temporada, onde espera conseguir viabilizar um programa completo de 13 provas ou seja, a totalidade dos ralis do campeonato.

Contudo, num momento conjunturalmente difícil, o piloto afirma que "o nosso projeto do WRC a três anos, sempre teve como objetivo no segundo ano um calendário completo, mas entre o querer e o conseguir vai, obviamente, uma grande distância!". Concretizando a ideia, o único piloto português que guia este ano um World Rally Car explica que "o nosso projeto tem uma dimensão de valores pouco habitual para Portugal e para as empresas nacionais. A sua viabilização não depende de uma simples decisão do departamento de marketing da respetiva empresa patrocinadora, mas sim de uma decisão que tem que passar sempre pelas mais altas instâncias das empresas envolvidas, dado os números envolvidos".

Neste prisma, percebe-se também quão difícil será ao piloto português do MINI JCW WRC viabilizar um programa mais extenso para 2012, sendo certo que se não for possível fazer mais provas do que este ano a opção deverá recair "nos mesmos ralis que disputamos já este ano por forma a otimizar o conhecimento já adquirido". A exceção, será o Rali de Monte Carlo onde o Bicampeão do Mundo afirma com convicção que "vamos estar presentes".


* Temos orgulho num desportista português

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5 - A VIDA DAS ESTRELAS





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ESTA SEMANA NO
"VIDA ECONÓMICA"


Pinheiro Pinto afirma
"O Fisco faz planeamento fiscal abusivo"

A contabilidade criativa é diferente da contabilidade fraudulenta. A fraude pressupõe a ocultação ou a manipulação dos dados. Mas a fronteira que separa os dois conceitos pode ser ténue, já que a manipulação pode assentar em alguma criatividade. Para Pinheiro Pinto as soluções criativas estão geralmente associadas à situação de sombra das normas. Como as normas não contemplam todas as situações, há margens de subjetividade. "Pelo contrário, para fazer a manipulação que caracteriza a contabilidade fraudulenta não há subjetividade" - referiu.

Na sua comunicação aos congressistas do Prolatino, Pinheiro Pinto recordou que o principal destinatário da contabilidade é o fisco.
Segundo referiu, é difícil entender a diferença entre planeamento fiscal e o planeamento fiscal agressivo ou abusivo. "Será que o planeamento fiscal agressivo acontece quando uma empresa não paga os impostos e ainda por cima agride os inspetores tributários?" - interrogou Pinheiro Pinto.
"Quando estamos a falar de fraude fiscal estamos perante um comportamento condenável, mas o planeamento fiscal feito no cumprimento da lei não é condenável. É louvável" - afirmou.
O problema da criatividade tem que ver com as alternativas. A lei deve caminhar para a objetividade. O problema está nas alternativas que a lei dá.

Pagar o máximo possível de impostos

Na qualidade de professor da Faculdade de Economia do Porto, Pinheiro Pinto confessou que se sente baralhado sobre o que deve ensinar aos alunos. Os gestores devem aprender a reduzir os custos e aumentar a eficiência na gestão financeira e a reduzir os custos com os meios de produção. "Em simultâneo devem estudar a forma de a empresa pagar o máximo de impostos. Se o não fizerem a empresa é acusada de fazer planeamento fiscal agressivo, sofrendo as sanções aplicadas pela administração Fiscal.~
"Quem faz planeamento fiscal agressivo é o Fisco" - considera Pinheiro Pinto.
Exemplificando, recordou que a lei concedia isenção de imposto sobre as mais valias nas ações detidas por mais de 12 meses.
Se uma sociedade por quotas é transformada em anónima, o Fisco considera que se trata de planeamento fiscal agressivo e aplica as sanções inerentes.
Num relatório recente da Inspeção Tributária aplicado a uma situação concreta é dito que o sócio em questão transformou a sociedade por quotas em anónima. "Mas, comenta Pinheiro Pinto quem transformou a sociedade não foi o sócio em causa mas sim o conjunto de todos os sócio"". No mesmo relatório, o Inspetor afirma que a sociedade após ter sido transformada em anónima continuou a ter o comportamento de uma sociedade por quotas. "Como se estivesse tipificado o comportamento das sociedades por quotas e das sociedades anónimas..." - comentou Pinheiro Pinto. Neste caso concreto, como os acionistas mantiveram as suas ações e não andaram a comprar e a vender como acontece com as sociedades anónimas cotadas em Bolsa, a Inspeção Tributária considera que a sociedade anónima tem o comportamento de uma sociedade por quotas.
Como os critérios seguidos pelo Fisco são discutíveis, alguns destes casos chegam ao tribunal. "Mas, normalmente a verdade fica à porta do tribunal. Quando o juiz pergunta se o objetivo da transformação da sociedade foi beneficiar de um regime fiscal mais favorável, todas as testemunhas vão dizer que não" - afirmou.
Não é fácil aos cidadãos avaliar e decidir. Eles podem argumentar: "A lei não dá esse benefício às sociedades anónimas?". Sim, mas o Fisco pode entender que esse benefício é apenas para as sociedades que são constituídas como anónimas e não para aquelas que começam por ser sociedades por quotas e se transformam depois em anónimas.

NIC são mais subjetivas

"A criatividade é condenável? - questionou Pinheiro Pinto.
Em relação à subjetividade, há quem defenda que as normas devem ser flexíveis para se adaptarem ás situações concretas, mas também há quem defenda que as normas devem ser rígidas para evitar as manipulações.
Neste capítulo, as Normas Internacionais de Contabilidade são muito mais subjetivas do que as normas tradicionais.

Normas fiscais sobrepõem-se ao SNC

No trabalho que desenvolvem, os TOC tornam objetivas as situações subjetivas.
"O SNC tem uma estrutura conceptual mas o que prevalece é a norma, o que tira o carácter científico ao sistema" - afirmou Pinheiro Pinto.
Como exemplo apontou a diferença entre locação financeira e locação operacional. Nas operações de locação financeira, o bem locado deve entrar para o ativo do locatário, enquanto que na locação operacional, o equipamento integra a ativo da sociedade locadora.
Mas, a diferença entre locação financeira e operacional é subjetiva e a própria lei admite que em alguns casos há bens locados que podem estar em simultâneo no ativo da locadora e do locatário e em outros casos os bens não chegam a entrar no ativo da locadora nem do locatário. E estas situações acontecem de forma legal.
"A contabilidade criativa não é necessariamente condenável" - considera Pinheiro Pinto. Por vezes, há uma escolha de soluções alternativas. A contabilidade criativa pode dever-se a erros cometidos pelos destinatários da informação. "Por vezes, atribui-se à contabilidade um valor que a contabilidade não tem nem quer ter" - afirmou Pinheiro Pinto.

Perda da capital não tem que determinar insolvência

As consequências do desequilíbrio entre o ativo e passivo das sociedades não são óbvias.
A lei determina que quando uma sociedade perde mais de 50% do capital deve apresentar-se à insolvência. Mas pode acontecer que uma empresa tenha comprado ações do BCP e com a evolução da cotação ter perdido mais de metade do capital e mesmo assim não dever nada a ninguém. Nesta hipótese, a apresentação à insolvência não faria qualquer sentido, apesar de a lei impor essa obrigação.


* FALA QUEM SABE

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THE SHADOWS

Sleepwalk


Actuação dos SHADOWS no Pavilhão de Congressos de Paris, em 07 de Novembro de 2009, quando do concerto "Cliff & Shadows, The Final Reunion". 
VELHINHOS MAS EXCELENTES

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ESTA SEMANA NO
"SOL"

Cáritas prevê encerramento dos serviços de apoio devido a OE 'exigente'

A Cáritas considera que a proposta de Orçamento do Estado 2012 é «exigente» para os mais desfavorecidos, podendo limitar a actividade das instituições de apoio social e traduzir-se no encerramento de alguns serviços quando os pedidos aumentam.

Numa reunião da Comissão Permanente, que teve lugar no sábado em Fátima, a Cáritas portuguesa debateu as medidas anunciadas pelo Governo para 2012, concluindo que «se trata de um OE exigente, principalmente, para os mais desfavorecidos e para as classes médias».

O Orçamento do Estado poderá «não criar condições minimamente estimulantes para a economia e ser até restritivo à criação de postos de trabalho e de redução do flagelo social que é o desemprego (actualmente nos 12,3 por cento)», refere um comunicado da instituição divulgado após a reunião.

Apesar de saudar a «existência do Plano de Emergência Social, cujas medidas, na sua maioria, ainda aguardam a necessária operacionalização», a Cáritas considera «parca a proposta de medidas de apoio social, apenas assegurando a subida das pensões mais baixas, mas passando a taxar todas as outras».

Ao defender como «imperiosa a afectação de uma parte do orçamento para apoios pontuais e emergentes na área da acção social», a instituição lamenta a ausência de referência no OE ao «apoio às organizações que, não tendo o estatuto de IPSS [Instituições Particulares de Solidariedade Social], prestam apoio social e económico a milhares de portugueses».

Neste contexto, a Comissão Permanente da Cáritas «teme que não se augure, como desejaria, um futuro sem sobressaltos para as instituições e outras entidades que prestam apoio social à comunidade».

«Antes será de esperar uma actividade mais limitada e mesmo o encerramento de alguns dos serviços até agora prestados, numa altura em que são cada vez maiores os pedidos de apoio social», refere a nota da Cáritas, para quem as entidades de apoio social terão de ser «mais imaginativas, recorrer ao voluntariado e proceder a mais recolhas de donativos» para sobreviverem.

A própria Cáritas constatou a «incapacidade» de parte da sua rede nacional «conseguir atender, em tempo útil, todas as novas situações» e o facto de «estarem a escassear os meios financeiros».

Ainda em relação ao OE, a instituição também constata que a proposta do Governo «nada diz em relação ao apoio às pequenas e médias empresas, as que criam efectivamente postos de trabalho, que podem alavancar o nosso crescimento e são a esperança de tanta gente para vencer a crise».

Apesar de reconhecer «justa a isenção de taxas moderadoras para os mais desfavorecidos, embora sejam poucos os abrangidos», a Cáritas considera que o «impacto do aumento destas taxas a muita gente poderá levar a que deixem de solicitar os cuidados de saúde necessários por falta recursos financeiros».

A instituição refere também que a perda dos subsídios de férias e Natal por muitos portugueses «levará ao aumento das situações de sobreendividamento com consequências que já são amplamente conhecidas», apelando à solidariedade do povo português «para superar esta crise».

A Cáritas tem agendado um Conselho Geral para 12 e 13 de Novembro.


* OE 2012 exigente é cumprimento. O OE 2012 é um acto socialmente terrorista contra os portugueses mais desfavorecidos, prepertados por o governo eleito. Ainda não se lhe conhecem acções no sentido de incrementar a economia, tem sido um assalto constante.


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SALVADOR DALI




Esta é uma visita suscinta ao Museu de Dali em Figueras, a duas horas de Barcelona. Este museu era um antigo teatro que Dali comprou e reconstruiu para fazer a sua casa de exposição. Lá estão o seu Lincoln, algum recheio da sua casa e a sua sepultura. Mas sobretudo, quem estiver atento,  vê genialidade. Se tiver oportunidade de visitar este museu contrate um guia, é barato e a informação que recebe perdurará para sempre.

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ESTA SEMANA NO
"EXPRESSO"

Risco de bancarrota: 
de 5 periféricos para 8 países sob stresse

O mês de Outubro está a trazer de volta o aumento do risco de default e dos juros da dívida em Espanha e Irlanda e alargou a geografia do stresse na zona euro. Pacote de austeridade para 2012 em Lisboa não faz descer o risco.


Apesar dos esforços públicos dos líderes europeus no marketing político internacional, apontando para um pacote de resoluções da crise das dívidas soberanas na zona euro até às próximas cimeiras de 23 de outubro (europeia) e do G20, a perceção negativa por parte dos investidores nos mercados financeiros da dívida continuou a aumentar para o grupo dos 5 "periféricos" (agora batizados com o acrónimo, em inglês, de GIIPS - para Grécia, Irlanda, Itália, Portugal e Espanha).
Pacote de austeridade em Lisboa não desce risco

No que toca a Portugal, o risco de incumprimento agravou-se de 61,83% a 3 de outubro para 62,39% no fecho desta semana. Tendo havido uma melhoria entre 3 e 10 de outubro, o risco voltou às subidas, de 61,19% para 62,39%, entre 10 e 14 de outubro.

A perceção dos investidores no mercado dos credit default swaps (seguros contra o risco de incumprimento) ligados à dívida soberana sobre Portugal continua em plano inclinado. O pacote de austeridade anunciado em Lisboa para o Orçamento de 2012 não teve qualquer efeito positivo nem na probabilidade de incumprimento, nem nas yields das obrigações do Tesouro no mercado secundário.

À tendência negativa sobre os GIIPS juntou-se uma "novidade" - a entrada, em força, na geografia do stresse da zona euro da Bélgica, França e Áustria. À indefinição política na Bélgica, com a continuação da negociação de formação do governo (a mais longa atualmente no mundo), juntou-se o caso do banco Dexia que chamuscou, também, a França, um país com notação de crédito de triplo A e tido como o segundo pilar do G2 que hoje governa a zona euro. A Áustria, outro país da moeda única ainda com notação de triplo A, foi abalada pela crise do banco Erste, a que alguns designaram de "segundo Dexia".

A Bélgica subiu para o patamar de risco de incumprimento acima de 23%, a França aproximou-se dos 15% e a Áustria dos 14%. Estão, ainda, longe do bilhete de entrada no "clube da bancarrota" (os 10 países do mundo com maior risco de incumprimento) que exige mais de 29% de risco, o atual nível da Croácia. Apesar do agravamento do risco para Espanha, o nível de probabilidade de incumprimento ainda está abaixo dos 29%.
Irlanda e Espanha pioram

O agravamento da perceção do risco nos "periféricos" acarretou duas "más" notícias - o bom comportamento da Irlanda como "aluno exemplar" da troika arrisca-se a ir por água abaixo, e os esforços de Espanha para sair da ribalta do stresse (tendo entrado no mês de Outubro sem regressar ao "clube da bancarrota") foram estragados pelas agências de notação Standard & Poor's e Fitch nos últimos dias. A Irlanda subiu do 7º para o 6º lugar no "clube da bancarrota" e a Espanha viu o seu risco de incumprimento regressar às subidas a partir de 10 de outubro, segundo dados da CMA DataVision.

Curiosamente, apenas a Itália, em virtude da capacidade de sobrevivência do governo chefiado por Sílvio Berlusconi, conseguiu "descer" no risco de default, entre 3 e 14 de outubro, tendo baixado do 9º para o 8º lugar no "clube da bancarrota".
Juros não param de subir

O movimento das yields (juros implícitos, uma medida de rendibilidade) dos títulos soberanos no mercado secundário da dívida em sete dos países referidos - Grécia, Portugal, Irlanda, Itália, Espanha, Bélgica e França) - reflete, também, um padrão similar ao que tem sucedido na probabilidade de incumprimento.

Olhando para os títulos soberanos a 10 anos, verificamos um agravamento generalizado, comparando com o início do mês, segundo dados da Bloomberg. Os juros para os títulos gregos estão perto de 24%, e para as obrigações do Tesouro português subiram para 11,64%. A Irlanda deixou de negociar títulos a 10 anos no dia 11 de outubro - as yields subiram de 7,76% a 3 de outubro para 8,21% a 11 de outubro.

No caso de Itália e Espanha, onde os analistas têm referido uma intervenção do Banco Central Europeu, as yields dos títulos do Tesouro italiano (BTP) e das obrigações espanholas (OE) a 10 anos têm prosseguido a sua subida no patamar dos 5% - passaram de 5,54% a 3 de outubro para 5,80% a 14 de outubro no caso dos BTP, e de 5,12% para 5,24% no mesmo período para o caso das OE.

As yields dos títulos belgas a 10 anos subiram de 4,07% para 4,40% esta semana, estando a aproximar-se do máximo de 4,5% em agosto. No caso de França, os juros subiram de 2,87% para 3,13% no mesmo período.


* A verdade é que os donos do dinheiro continuam a brincar com quem tem de trabalhar para, fundamentalmente, sobreviver. Continua-se sem tributar o capital, continua-se a permitir a fuga de dinheiro para os off shores, continua-se a inviabilizar a cultura, a União Europeia rasteja sem personalidade perante os ricalhaços.


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