13/12/2011





HOJE NO

"PÚBLICO"


Valor possível 
com o fundo de pensões da banca
Défice público não vai exceder 4,5% do PIB este ano

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, assegura que este ano o défice público não será superior a 4,5% do PIB, quando o exigido no acordo com a troika era de 5,9%.

Esta informação foi avançada por Passos Coelho ao Correio da Manhã (que dá hoje a notícia do valor do défice), explicando também que mesmo assim decidiu cortar os subsídios de Natal deste anos dos trabalhadores e reformados porque se não o fizesse a troika não teria autorizado a utilização do fundo de pensões da banca para corrigir o défice.

Sem receitas extraordinárias, a execução orçamental apontava para um défice da ordem dos 8% do PIB. No entanto, o valor do fundo de pensões da banca – que foi transferido para o Estado – representa cerca de 4%, o que permite chegar ao fim do ano com um valor substancialmente inferior ao objectivo estipulado.

Mas esta receita representa despesas futuras para o Estado, que com este negócios vai assumir o pagamento das reformas aos trabalhadores da banca, e é irrepetível. Por isso, o objectivo assumido com a troika para 2012, justamente os 4,5% que se vão registar este ano, mas sem receitas extraordinárias, vão representar um grande esforço de ajustamento orçamental, na ordem dos seis mil milhões de euros.


* Isto é apenas uma manobra da chamada engenharia financeira do Estado destinada a atirar mais areia para os olhos dos "camelos" dos portugueses, que para o ano vão ver quanto lhes custa este malabarismo.

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