14/12/2011




HOJE NO
"DESTAK"


Mais de metade dos jovens com menos
de 25 anos ganha até 500 euros

Mais de metade dos jovens com menos de 25 anos ganha menos de 500 euros, assim como um quarto dos jovens entre os 25 e os 34 anos, sobretudo porque têm empregos precários e de baixa qualificação.

De acordo com um estudo que vai hoje ser divulgado pela CGTP, 51 por cento dos jovens trabalhadores com menos de 25 anos têm um salário inferior a 500 euros, tal como 24,5 por cento dos jovens entre os 25 e os 34 anos.

Segundo o documento, a que a Agência Lusa teve acesso, 40 por cento dos jovens têm um contrato de trabalho a prazo e um quarto ocupa postos de trabalho de baixa qualificação, o que, juntamente com a elevada concentração em setores de atividade com salários baixos, leva a que a maioria dos jovens tenha salários inferiores a 750 euros.

A análise feita aponta ainda como razão para os baixos salários entre os jovens a discriminação entre trabalhadores permanentes e precários, dado que os contratados a prazo ganham menos 25 por cento por hora que os permanentes, diferença que no caso das empresas de trabalho temporário chega aos 40 por cento.

Embora a precariedade atinja todas as camadas etárias (28,7 por cento dos trabalhadores), são os jovens os mais atingidos, pois representam 57 por cento do total dos precários.

Citando dados do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, o texto refere que em 2010 trabalhavam por conta de outrem 1,2 milhões de jovens entre os 18 e os 34 anos.

O emprego dos jovens está concentrado no setor dos serviços (68,3 por cento) e na indústria (30,4 por cento).

Entre 1998 e 2009 perderam-se mais de 160 mil postos de trabalho (42 por cento) na indústria transformadora que eram ocupados por jovens.

Os jovens são também os mais penalizados pelo aumento do desemprego, em particular pelo desemprego de longa duração.

No início da década de 2000, os jovens desempregados representavam menos de quatro por cento do total de desempregados e em 2010 passaram a representar 19 por cento.

O estudo vai ser divulgado num seminário sobre o estatuto laboral e social dos jovens promovido pela CGTP e resultou de uma colaboração entre o gabinete de estudos da central sindical e o ISCTE.


* É por esta razão que o nosso Secretário Mestre os quer exportar em vez de lhes criar condições dignas para ficarem no país.

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