04/12/2011



ESTA SEMANA NO
"SOL"

Banco Alimentar não consegue 
alimentos para todos

O presidente do Banco Alimentar de Setúbal, António Alves, revelou que a organização está a apoiar 146 instituições, que representam cerca de 26 mil cidadãos do distrito, mas reconheceu que há mais cinco mil pessoas a precisar de ajuda alimentar.

«Estamos a apoiar 146 instituições, o que dá cerca de 26 mil pessoas. E temos mais 30 instituições, que representam cerca de 5 mil pessoas, em lista de espera, porque não conseguimos alimentos para todos», disse.

Segundo António Alves, o Banco Alimentar de Setúbal tem apenas um efectivo de sete pessoas, mas conta todos os dias com a colaboração de muitas dezenas de voluntários, além de ter a ajuda de milhares de pessoas quando se realizam as campanhas de recolha de alimentos.

«Portugal está mais solidário. E as pessoas, além de solidárias, são muito generosas», assegurou António Alves, lembrando que foram recolhidas no distrito 289 toneladas de alimentos na última campanha, realizada a 26 e 27 de Novembro.

O responsável do Banco Alimentar de Setúbal esclareceu ainda que os alimentos provenientes das campanhas de recolha são devidamente preparados em dois armazéns.

«Temos dois armazéns no distrito - este, em Palmela, que é o principal e que distribui alimentos para os nove concelhos da Península de Setúbal, e outro em Vila Nova de Santo André, que distribui para os quatro concelhos do distrito no litoral alentejano e também para o concelho de Odemira», disse.

Além da recolha de alimentos junto das grandes superfícies, António Alves lembrou que o Banco Alimentar recebe todos os anos muitas toneladas de alimentos provenientes dos estabelecimentos prisionais de Pinheiro da Cruz e de Setúbal.

Por outro lado, conta com o apoio financeiro de algumas autarquias e das principais empresas do distrito, como a Lisnave e a Secil, entre outras, mas também com outras ajudas, que até podem vir de Espanha.

«Na terça-feira, estiveram aqui os responsáveis da Fundação Repsol, que nos vieram entregar um empilhador novo, uma balança electrónica e quatro porta-paletes para o nosso armazém de Santo André», disse António Alves.

Para muitas instituições de solidariedade social do distrito de Setúbal, o apoio do Banco Alimentar é fundamental para poderem continuar a ajudar as pessoas mais necessitadas, como acontece com a ARPIF - Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos do Fogueteiro.

«Apoiamos pessoas carenciadas, pessoas que realmente precisam. E todas as quintas-feiras nos deslocamos aqui, ao Banco Alimentar, para recolher alimentos que nos dão muito jeito», disse à Lusa Horácio Alves, da ARPIF.

Para António Costa, do Instituto de Educação Cristã de Setúbal, o apoio do Banco Alimentar também é importante, mas, mesmo assim, já não há capacidade de resposta para tantos pedidos de ajuda.

«Estão-nos a aparecer pessoas com problemas de desemprego, que nunca se viram nesta situação de ter de pedir apoio alimentar. E isso é muito embaraçoso», disse António Costa.


* Veja se no fundinho da sua carteira não estão esquecidas umas moedinhas que possam ajudar o ÚNICO BANCO que não cobra juros.

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