30/11/2011



HOJE NO
"O PRIMEIRO DE JANEIRO"

Mais IVA menos empresas
O aumento do IVA de 13 para 23 por cento 
irá levar ao encerramento de 21 mil empresas
e à perda de 47 mil postos de trabalho.

A Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) afirmou, em conferência de imprensa, que o aumento irá trazer 'uma significativa diminuição das receitas fiscais, causando o efeito inverso desejado pelo Governo',
O secretário-geral da AHRESP, José Manuel Esteves, prognosticou que o Estado, com a tributação do IVA a 23 por cento, 'irá perder mais de 700 milhões de euros', e explicou: 'Haverá aumento do desemprego, logo mais pessoas a recorrerem ao respetivo subsídio, acrescidos encargos para a Segurança Social, além da significativa diminuição das receitas fiscais',
O responsável prometeu que a AHRESP irá 'monitorizar', a situação e explicou que em termos fiscais a maior receita do Estado surge da empregabilidade (82,6 por cento) enquanto do IVA arrecada 14,9 por cento.
A AHRESP referiu ainda que o setor do turismo, 'um dos mais dinamizadores da economia nacional, irá ser fortemente, prejudicado ao colocar Portugal no top cinco dos países da zona euro com mais elevada taxa de IVA',
O presidente da Associação, Mário Pereira Gonçalves, afirmou que esta é 'uma inacreditável ameaça', que corresponde 'a um aumento direto de IVA de 77 por cento', O responsável referiu ainda que este aumento 'será um incentivo à economia paralela e à evasão fiscal',
Segundo Mário Pereira Gonçalves, tal só se justifica pela 'inexperiência, cegueira e imprevidência do governo', A AHRESP avaliou que Portugal, no turismo, irá perder face a concorrentes como Espanha e França que praticam, respetivamente, taxas de IVA de oito e sete por cento.
'A Irlanda, também intervencionada pelo FMI, desceu o IVA para a taxa média de nove por cento', indicou.

APHORT desagradada
A Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo (APHORT) e a Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve (AIo que aceceberam com 'desagrado', a decisão do Governo que acusam de 'abandonar o setor',
'Ambos os organismos vêem com apreensão o futuro da restauração, que terá forçosamente de se reestruturar', lê-se num comunicado. As associações corroboram que haverá 'extinção de postos de trabalho, uma vez que os custos com recursos humanos serão a única rubrica onde as empresas poderão atuar para anular o aumento do IVA',
'O encerramento de estabelecimentos e um maior incentivo à economia paralela serão outros cenários sobre os quais será necessário ter atenção', acrescentam.


* Estender a mão à caridade não chega, têm de ser as duas!

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