13/11/2011

 
ESTA SEMANA NA
"VISÃO"

O 'CSI' da comida
Uma empresa aplica técnicas forenses para descobrir
o material genético dos alimentos e detetar 
possíveis fraudes sobretudo nos destinados 
às marcas brancas dos hipers.

De que é feito um pastel de bacalhau? E um queijo de cabra terá mistura de leites de outros animais? Haverá vestígios de carne numas almôndegas de soja? A Bioprimier, empresa que detém o único laboratório privado em Portugal acreditado em técnicas de biologia molecular aplicáveis a amostras alimentares, consegue responder a todas estas questões.

Com métodos dignos da famosa série de investigação criminal CSI. O segredo está em extrair o ADN, uma espécie de assinatura de cada produto. A partir daí consegue-se dissecar os alimentos, determinando ao pormenor qual a sua composição.

O primeiro cliente desta empresa, que nasceu em 2006, só apareceu três anos depois. Houve, primeiro, que erguer os sofisticados laboratórios, recrutar técnicos para as análises e, mais importante e moroso, criar de raiz os procedimentos.

Mas, desde então, a procura tem sido intensa. "Quase todas as grandes superfícies são nossas clientes", revela Mário Gadanho, administrador da Biopremier.

Com este método de perícia, os supermercados procuram garantir a qualidade dos produtos de marca branca, pelos quais são responsáveis. Pedem para detetar organismos geneticamente modificados, vestígios alergénicos, as espécies de peixe utilizadas em alimentos mais processados, como rissóis. Os resultados são determinantes para a elaboração do rótulo e, sobretudo, para a relação do cliente com o seu fornecedor.

AO GOSTO DO FREGUÊS

As amostras chegam à empresa nas suas embalagens originais e são guardadas nas gavetas de uma arca congeladora. Na verdade, a quantidade necessária para se traçar o historial genético de um alimento é mínima (estamos a falar de Microbiologia) e nem sequer precisa de refrigeração.

A Biopremier aplica a metodologia da Genética aos alimentos, pois "o ADN é uma molécula muito resistente e está presente em todos os organismos biológicos, seja um camarão seja um pedaço de carne humana", justifica Mário Gadanho. Seguindo os passos da investigação forense, chega-se a três conclusões, conforme o pedido do cliente. A análise mais simples (€30) deteta se um produto tem ou não determinado alimento (se um paté que se diz de ganso possui mesmo carne desse animal). Outra menos linear (€50) é identificar uma espécie (que tipo de camarão se encontra num rissol). A mais complexa (€140) demora duas semanas a terminar e escrutina a mistura de organismos. "Somos o único laboratório acreditado para fazer este tipo de análise a nível internacional ", assegura Mário Gadanho.

Uma trinca num pastel de bacalhau pode, afinal, ter muito mais que se lhe diga.

Biopremier – Inovação e Serviços em Biotecnologia, S.A.
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BIOPREMIER AGRO-ALIMENTAR
bioalimentar@biopremier.com


* Detectives Alimentares, portugueses, que maravilha

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