14/10/2011



HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"


80% dos reformados escapam 
à retenção dos subsídios

O corte nos subsídios de natal e férias será para todos os reformados com pensões acima dos mil euros, do público e privado.

Ainda assim, 80% dos pensionistas da Segurança Social ficam de fora, esclareceu fonte oficial do primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na quinta-feira que será aplicado em 2012 e 2013 um corte nos subsídios de férias e de natal dos funcionários das Administrações Públicas e das Empresas Públicas e dos pensionistas.

O corte é total para os que ganharem acima de mil euros, e será progressivo para quem recebe entre o salário mínimo nacional - 485 euros - e os mil euros, equivalente a um dos subsídios por ano.

Fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro esclareceu hoje que o corte nas pensões de reforma será aplicado a todos os pensionistas que recebem reformas indexadas ao salário mínimo nacional (dentro dos parâmetros de vencimento descritos acima), só ficando de fora desta medida os trabalhadores activos do sector privado.

O gabinete do primeiro-ministro garante ainda que 80 por cento dos que recebem reformas da Segurança Social não serão afectados por este corte, algo que deve acontecer devido ao baixo valor de reforma que recebem.

Nas medidas anunciadas relativas às pensões, o primeiro-ministro garantiu ainda que o Executivo irá aumentar as pensões mínimas.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na quinta-feira que as medidas do OE2012 visam garantir o cumprimento dos acordos internacionais, e que passam, entre outras, pela eliminação do subsídio de férias e de Natal para os funcionários públicos e reformados que recebem mais de mil euros por mês, enquanto durar o programa de ajustamento financeiro, até ao final de 2013.

Os vencimentos situados entre o salário mínimo e os 1000 euros ficarão sujeitos a uma taxa de redução progressiva, que corresponderá em média a um só destes subsídios.

As pensões acima do salário mínimo e abaixo de mil euros sofrerão,
em média, a eliminação de um dos subsídios.

O chefe do Governo afirmou que há um desvio orçamental de 3 mil milhões de euros e anunciou também que o executivo vai reduzir o número de feriados e permitir que as empresas privadas aumentem o horário de trabalho em meia hora por dia, sem remuneração adicional.


* Uma notícia que parece boa mas, com vossa licença e perdão, é uma grande merda. Isto significa que a maioria, 80%, das nossas pensões de reforma são miseráveis. Isto significa que 80% dos portugueses depois de uma vida de trabalho, a dar mais valias aos senhores que só nos últimos três meses puseram lá fora 8 mil milhões de euros, têm um fim de vida precária, a passar fome, a não ter dinheiro para a farmácia, uma noite de pesadelos sem saber como é o dia seguinte. Querem maior injustiça???


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