19/10/2011



HOJE NO
"CORREIO DA MANHÃ"

Lima de Carvalho pediu 3 milhões 
de euros ao Millennium/BCP

Amadeu Lima de Carvalho, auto-intitulado accionista maioritário da SIDES - empresa detentora da Universidade Independente – solicitou ao Banco Millennium/BCP um financiamento na ordem de três milhões de euros em meados de 2004. Como contrapartida alegou que teria ao seu dispor uma garantia bancária de dois milhões de euros, documento que mais tarde viria a ser declarado falso.

A revelação foi feita pela bancária Lina Araújo, ouvida esta quarta-feira no Tribunal de Monsanto, na qualidade de testemunha no processo extraído do caso da Universidade Independente, e que tem como arguida Isabel Pinto de Magalhães, ex-mulher do ex-vice-reitor da Universidade Independente, Rui Verde.

“O contacto com Amadeu Lima de Carvalho surgiu num altura posterior à reestruturação e consequente liquidação das contas da SIDES, e foi uma situação estranha. Telefonou-me a dizer que precisava de marcar uma reunião com o banco. Pensei que a reunião fosse apenas com ele mas chegaram cerca de doze pessoas, uma dos quais me foi apresentada como sendo um ministro angolano. Pretendiam o financiamento na ordem dos três milhões de euros”, explicou Lina Araújo, funcionária do Millennium/BCP.

“Disse-lhe que se era administrador da SIDES conhecia a situação económico-financeira da empresa que era muito má e que não havia condições para avançar com a proposta”, continuou.

Amadeu Lima de Carvalho não terá ficado satisfeito com a resposta. “Finda a reunião, ele puxou-me a um canto da sala e, em jeito de ameaça, disse-me que tinha uma garantia bancária de dois milhões de euros e que eu devia ter cuidado com o que estava a dizer”, declarou.

A referida garantia bancária, supostamente emitida pelo Banco Comercial Português (BCP), viria a motivar uma queixa crime por parte da instituição bancária, por se concluir de que se tratava de um documento falso.


* Como um vígaro pode "armar"
maneira de enriquecer
num país à beira-mar
e o processo prescrever

até fizemos verso "carago"

.

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