02/09/2011



HOJE NO
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Voluntários de Montemor fazem peditório para o gasóleo e despesas “básicas”

A direção dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho vai promover um peditório junto da população e empresas do concelho para financiar gastos com combustíveis e despesas correntes, disse fonte da corporação.
A campanha de recolha de fundos, que se inicia a 8 de setembro, feriado municipal em Montemor-o-Velho, decorre das dificuldades que a direção da associação humanitária enfrenta a nível financeiro, com dívidas que rondam os 200 mil euros.
“Não temos dinheiro para combustíveis nem para as coisas mais básicas”, disse à agência Lusa Ana Galvão, presidente da direção dos bombeiros locais.

Eleita em março de 2011 e com mandato até dezembro, a atual direção, constituída por um grupo de bombeiros, herdou da anterior uma situação financeira “muito complicada e difícil”, frisou.
“Vamos fazer o peditório no dia da Feira do Ano. Era tradição fazê-lo nessa data [08 de setembro], quando se recolheram fundos para a construção do quartel. Mas depois do quartel ser construído essa tradição perdeu-se”, disse, por seu turno, Diogo Morais, diretor com o pelouro financeiro.
Às dívidas existentes, na grande maioria a fornecedores somam-se as “dificuldades” no pagamento de verbas por parte de entidades públicas, alega.
Deu o exemplo da anual transferência de capital assumida pela autarquia local, no valor de 30 mil euros, da qual a instituição ainda só terá recebido “dez mil”, disse Diogo Morais.
A verba foi investida na reparação de viaturas já que, quando a atual direção tomou posse, em março, 80 por cento do parque automóvel dos bombeiros “estava avariado e inoperacional”, revelou.
“Só tínhamos uma viatura de incêndios florestais e outra na secção [de Arazede] a andar, mais um auto-tanque. Havia três autotanques parados, três carros de incêndio e dois de comando”, explicou.
Atualmente, algumas das viaturas, entretanto reparadas, “estão prontas para ir levantar”, mas os bombeiros alegam que não possuem dinheiro para o fazer.

“Herdámos uma dívida enorme, não queremos contrair mais”, sustentou.


* O recurso a este peditório deveria envergonhar o ministro da tutela. Honra a quem administra aquela corporação.


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