09/09/2011


HOJE NO
"DIÁRIO ECONÓMICO"

Empresas criticam Governo 
por favorecer OPA estrangeiras


Associação de Emitentes e IPCG criticam a ideia do Governo e da CMVM de desblindar os estatutos das empresas em caso de OPA.

A proposta da CMVM e do Governo que visa a suspensão dos mecanismos de defesa em caso de lançamento de OPA está a ser acolhida por fortes críticas por parte das empresas. O documento esteve em consulta pública até ontem e poderá ainda sofrer alterações até à sua versão final. Para já, as discordâncias são várias e vão desde o conteúdo ao ‘timing' da proposta.

Na prática, as alterações propostas fazem com que, em caso de OPA, as cotadas portuguesas não possam utilizar as medidas defensivas que algumas hoje têm (blindagem de estatutos ao nível dos direitos de voto e acordos parassociais). O que, defendem as empresas nacionais, as pode deixar completamente desprotegidas face a OPA hostis de investidores internacionais, numa altura em que os empresários e grupos portugueses se encontram descapitalizados e quase sem acesso ao crédito.

A Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM) não tomou ainda uma posição oficial sobre o que é proposto. No entanto, o Diário Económico sabe que a AEM - que representa as maiores cotadas da bolsa portuguesa - tem uma opinião muito crítica destas mudanças.

A Associação considera que a modificação "é extemporânea e imprudente", nomeadamente "face às alterações em curso sob a égide da Comissão Europeia".


* Os grandes empresários portugueses gostam muito de se queixar, quando afinal são sempre bafejados por apoio governamental e não são penalizados quando "exportam" dinheiro, leia-se fuga de capitais, pedem empréstimos não para produzir mas para comprar acções, etc, etc. Muitos deles apoiaram desde o inicio o conceito "globalização", agora que a globalização lhes assoprou já estão descontentes, têm cá um umbigo....

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