17/07/2011


STA MARIA DA FEIRA
Distrito: AVEIRO









Santa Maria da Feira é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito de Aveiro e situada na Grande Área Metropolitana do Porto, região Norte e sub-região de Entre Douro e Vouga, com cerca de 11 040 habitantes.

É sede de um município com 213,45 km² de área e 147 406 habitantes (2008), subdividido em 31 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Vila Nova de Gaia e de Gondomar, a leste por Arouca, a sueste por Oliveira de Azeméis e São João da Madeira, a sul e a oeste por Ovar e a oeste por Espinho. O município de Santa Maria da Feira inclui 3 três cidades (Fiães, Lourosa e Santa Maria da Feira) e diversas vilas (actualmente 13, entre as quais a destacar: Argoncilhe, Arrifana, Lobão, Mozelos, Nogueira da Regedoura, Paços de Brandão, Rio Meão, São João de Vêr, São Miguel do Souto, São Paio de Oleiros e Santa Maria de Lamas).

História

Santa Maria da Feira tem um passado antiquíssimo, fruto da sua localização em pleno território da outrora intitulada Terra de Santa Maria, uma vasta área que, para além do próprio concelho feirense, cobria os actuais concelhos de Albergariaa-Velha, Arouca, Castelo de Paiva, Espinho, Estarreja, Gondomar, Murtosa, Oliveira de Azeméis, Ovar, São João da Madeira, Sever do Vouga, Vale de Cambra e Vila Nova de Gala.

A Terra de Santa Maria aparece pela primeira vez documentada como tal em 111 7, numa doação de D. Teresa a Coutinho de Osselva, tendo surgido já antes, em 977, sob a denominação arcaica de “Cvitas Sanctae Mariae”. Uma denominação relacionada com a conquista destas terras aos sarracenos, levada a cabo pelo Conde de Civitas Portucalenses D. Munio Viegas, seus filhos D. Egas e D. Garcia, os descendentes de D. Arnaldo de Bayão e os senhores de Eixo Ois e MameI, e sob o patrocínio de Nossa Senhora, acabando por ser baptizada em honra desta. As suas origens são, no entanto, muito anteriores, e remontam às origens da própria humanidade. Os vários monumentos funerários — vulgos mamoas — encontrados um pouco por toda a região, bem como os posteriores vestígios castrejos, atestam bem da antiguidade da ocupação destas terras, perdendo-se na era antes de Cristo, e prolongada depois ao longo do Império Romano, que por aqui deixou também marcas indeléveis e numerosas, como as vias que continuaram a ser utilizadas ao longo dos tempos, as pontes, entre outros sinais evidentes. O Castelo da Feira, como expoente máximo de uma monumentalidade medieval conservada até hoje e autêntico ex-libris de toda uma região, acompanhado por um conjunto religioso igualmente significativo, ilustra a riqueza histórica de Santa Maria da Feira, antes de chegar aos dias de hoje. O Castelo é, aliás, elemento central de toda a evolução histórica local.

O seu aspecto actual é, obviamente, apenas uma das muitas facetas adquiridas desde a sua origem, que se esfuma no recuar dos tempos, mas cuja lógica aponta para a época dos romanos, havendo mesmo quem o considere o verdadeiro berço da pátria. Seja como for, afirmava-se já como um dos mais importantes castelos na altura da reconquista, quando, por ocasião da antiga divisão administrativa dos conventos, se começou a evidenciar como um dos pólos fundamentais de desenvolvimento na região, juntamente com o Mosteiro de Cucujães e o Mosteiro de Arouca.

Por várias vezes reconstruído, viajando também um pouco ao sabor das próprias contingências de cada época, a sua história encontra-se intimamente ligada à da povoação que começou por se aglomerar em seu redor, e que provinha da antiga Lancóbriga, mais tarde denominada de Cicitas de Santa Maria. Um movimentado e cada vez mais concorrido mercado que aqui se desenvolvia, conhecido por Feira, acabou por lhe dar o nome definitivo.

A sua importância afirma-se de tal maneira, que depressa se torna capital de toda a Terra de Santa Maria, estatuto confirmado no foral concedido pelo Rei D. Manuel 1 à “Vila da Feira e Terra de Santa Maria”, a 10 de Fevereiro de 1514, referindo-se ele próprio à Feira como “cabeça da Terra de Santa Maria”. Da feira que despontava na Terra de Santa Maria nasce, assim, Santa Maria da Feira, cujo percurso ao longo da história é em parte o percurso do próprio castelo, seu símbolo-mor desde sempre. Atingido, então, o clímax, o castelo começa lentamente a perder importância, readquirindo apenas mais tarde o seu estatuto e a sua dignidade, muito por “culpa” dos seus próprios conterrâneos.

E, assim, um castelo que vai ficando à margem do processo de expansão cristã para sul, passando a funcionar principalmente como residência senhorial — privilegiada, é certo —, e não tanto como palco de combate. A sua degradação atinge o auge por voltas do século XV, levando a uma reconstrução completa, responsável pela sua “cara” actual. Mas a curva descendente continua, e mais se agrava com a decisão de D. Pedro II em incorporá-lo na Casa do Infantado, que vê os seus bens leiloados, em 1837, e o castelo a ficar completamente isolado e abandonado. Foi então que intervieram os próprios feirenses, fundando a “Comissão de Vigilância e Conservação do Castelo da Feira”, em 1905, e contribuindo mesmo individualmente, tudo em prol da sua pérola mais valiosa.

Cultura

Santa Maria da Feira afirma-se no panorama cultural nacional à custa de uma vasta e diversificada programação que vai desde a programação de espaços como o Cine Teatro António Lamoso e o Europarque, até aos eventos de rua, que levam muitos a consideram a Feira como a capital nacional das Artes de Rua. Para reforçar esta componente, prepara-se a instalação do Centro de Artes de Rua 7 Sóis 7 Luas nas antigas instalações do Matadouro Municipal.
Ao longo de todo o ano, vários eventos levam mais longe o nome da cidade e da região:

Património

Designações↓ Categoria↓ Tipologia↓ Freguesia↓ Grau↓ Ano↓
[2] Castelo da Feira ou Castelo de Santa Maria da Feira ou Castelo de Santa Maria Arquitectura militar Castelo Feira MN 1910
[3] Casa da Torre ou Quinta da Torre Arquitectura civil Casa São João de Vêr IIP 1977
 Troço da estrada real Lisboa - Porto em Airas Arquitectura civil Estrada São João de Vêr IIP 1992
 Edifícios da Mala-Posta de Sanfins ou Edifícios da Mala-Posta de São Jorge ou Antiga muda de Souto Redondo Arquitectura civil Edifício Sanfins IIP 1974
Mamoa da Quinta da Laje Arqueologia Mamoa Pigeiros IIP 1997
Castro de Fiães Arqueologia Castro Fiães VC-IIP
 Castro de Romariz Arqueologia Castro Romariz IIP 1945
 Casa da Quinta do Engenho Novo ou Parque Municipal Arquitectura civil Quinta Paços de Brandão IIP 1971
 Casa da Portela Arquitectura civil Casa Paços de Brandão IIP 1982
 Troço da via antiga de Mosteiró Arquitectura civil Via Mosteiró IIP 1992
 Conjunto - Igreja da Misericórdia de Santa Maria da Feira e dependências anexas, escadarias e chafariz Arquitectura mista Conjunto Feira VC 1995
Conjunto do Convento dos Lóios incluindo a Igreja e a escadaria monumental Arquitectura religiosa Convento Feira VC
 Mercado Municipal de Santa Maria da Feira Arquitectura civil Mercado Feira VC 2004
 Capela de Santo Estevão da Arrifana Arquitectura religiosa Capela Arrifana IIM
 Quinta do Seixal Arquitectura civil


TURISMO

Museu Convento dos Lóios


O Museu Convento dos Lóios é um espaço dedicado à História do concelho de Santa Maria da Feira e da região. Reabriu as portas ao público a 26 de Junho de 2009, depois de profundas obras de remodelação e adaptação a museu municipal. Tem como missão a salvaguarda, valorização e divulgação de testemunhos e memórias do passado como herança histórica e cultural, legados a gerações futuras.





Museu do Papel Terras de Santa Maria


Instalado num antigo engenho papeleiro fundado em 1822, a sua grande marca identificadora reside no facto de ser um museu manufactureiro e industrial em actividade, integrando um espaço de produção manual de papel – antigo Engenho da Lourença – e um espaço industrial – Casa da Máquina – onde se mostra o processo de fabrico em contínuo.

Termas de S. Jorge


Na Vila de Caldas de S. Jorge, a 25 km do Porto, encontrará um refúgio para recuperar o seu equilíbrio físico e psicológico, face às tensões da vida moderna.
As Termas de S. Jorge estão vocacionadas para tratamentos de patologias músculo-esqueléticas, vias respiratórias e pele, associando os benefícios da hidroterapia a um espaço que convida ao repouso e ao equilíbrio global.
Numa filosofia de prevenção e promoção da saúde, as Termas de S. Jorge oferecem uma gama de tratamentos vocacionados para o bem-estar físico e psicológico.
Apresentar uma oferta termal integrada, num ambiente acolhedor e com o profissionalismo de técnicos qualificados, é a missão das Termas de S. Jorge.


O castelo medieval


Antecedentes

Embora a primitiva ocupação humana do seu sítio remonte à pré-história, adquiriu maior relevância quando os Lusitanos aqui ergueram um templo em honra da divindade Bandeve-Lugo Tueræus. Após a Invasão romana da Península Ibérica, por aqui passava a estrada que unia Olissipo (Lisboa) a Bracara AugustaBraga), conforme os testemunhos arqueológicos que remetem esta ocupação ao período do Baixo-Império.

 À época da Reconquista cristã da península, este centro religioso pagão tendo sido transformado em um centro Mariano, desenvolveu-se aqui uma feira regional, cuja elevada expressão daria nome ao local (Feira de Santa Maria). 

A primeira referência documental à sua fortificação consta no manuscrito "Chronica Gothorum" (anônimo, fins do século XII), que noticia a vitória de Bermudo III de Leão (1028-1037) sobre um chefe Mouro em terras do Castelo de Santa Maria1045). Será deste período a construção da parte inferior da Torre de Menagem com funções de alcáçova, protegida por uma cerca amuralhada, da qual restam apenas os vestígios.


IN "WIKIPÉDIA"
IN "SITE DA CÂMARA MUNICIPAL

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