18/07/2011



HOJE NO "i"


Instituto de Oncologia de Lisboa 
deixa no caixote milhões de euros de material
A auditoria do Tribunal de Contas à aquisição de material do Instituto de Oncologia de Lisboa é muito crítica com os conselhos de administração da instituição que actuaram entre 2005 e 2010. O tribunal considera injustificável que um concurso público lançado em 2004 para a compra de material de radioterapia no valor de mais de 4 milhões de euros tenha tido como resultado que em Novembro de 2010 apenas uma das máquinas compradas estivesse em funcionamento.

A situação motivou perdas significativas para o Estado e para os doentes, obrigando a instituição a redireccionar os utentes para os serviços privados, tendo os custos acrescidos, só no ano de 2010, sido superiores a 3 milhões de euros, pagos pelo erário público. A auditoria considera também que a verba atribuída pelo Ministério da Saúde para tratamento de radioterapia em entidades privadas, bastante superior àquilo que é contratualizado entre o IPO de Lisboa e os privados, incentiva esta instituição a entregar esse tratamento aos privados. O tribunal aconselha o Ministério da Saúde e o conselho de administração do IPO de Lisboa a fazerem um plano das necessidades de tratamento de radioterapia, de forma a obviar a uma situação em que a instituição trata nas suas instalações metade dos pacientes que envia para os privados para tratamento de radioterapia. A auditoria do Tribunal de Contas foi entregue ao DIAP de Lisboa para competente investigação criminal, que possa ver se há matéria de procedimentos criminais, para além de eventual responsabilização financeira dos decisores.

* O negócio é quem mais ordena

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