29/06/2011

ALMORRÓIDA CORCUNDEIRA


Dores de costas custam milhões

Por:Cristina Serra

Os portugueses são dos europeus mais expostos ao risco de desenvolverem doenças músculo-esqueléticas enquanto trabalham: 30 por cento dos trabalhadores sentem dores nas costas ou queixam-se de dores musculares, revela o relatório do Observatório do Risco da Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho.

Segundo o documento, Portugal está entre os primeiros países da União Europeia com mais trabalhadores com problemas do foro músculo-esquelético provocados pela actividade física desenvolvida no trabalho. Portugal ultrapassa ainda a média europeia no que diz respeito à exposição aos riscos que provocam doenças do foro muscular e/ou ortopédico. O Observatório estima que os custos das doenças músculo-esqueléticas possam representar uma despesa para o Estado português que varia entre os 580 milhões de euros e os dois mil milhões de euros por ano (entre 0,5 a dois por cento do Produto Interno Bruto).

A economia é assim afectada quer ao nível de dias de trabalho perdidos, quer pelos custos directos em tratamentos e internamentos hospitalares.

De acordo com o relatório agora divulgado, construção civil, sector mineiro e indústria são as áreas com maior prevalência de doenças músculo-esqueléticas. Os trabalhadores mais afectados são aqueles que trabalham nos ofícios, os operadores de máquinas e os montadores. Por seu lado, as trabalhadoras portuguesas mais afectadas são as que trabalham nos serviços, designadamente as vendedoras de loja.

Os movimentos repetitivos, as posições cansativas ou dolorosas e o carregamento de objectos pesados são os riscos mais frequentes. As queixas mais comuns são ainda as longas permanências em pé ou as caminhadas. As mulheres, os jovens trabalhadores no primeiro emprego e os trabalhadores com contrato de trabalho a longo termo são os mais afectados pelo problema.

IN "CORREIO DA MANHÃ"
29/06/11

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