02/10/2010

POBREZA EM MOÇAMBIQUE

Nos últimos dois anos

Pobreza absoluta e desigualdades aumentaram em quatro regiões do país
- revela o último Inquérito aos Orçamentos familiares

(Maputo) As províncias de Nampula, Zambézia, Manica e Sofala e registaram um aumento considerável dos índices de pobreza absoluta nos últimos dois anos,
indicam os resultados da 3ª Avaliação Nacional da Pobreza & Bem Estar em Moçambique.

De acordo com os dados, resultantes do Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF) realizado entre Setembro de 2008 a Agosto de 2009, que recolheu informações de despesas alimentares e não alimentares ao nível de 10832 agregados familiares das zonas rurais e urbanas ao nível nacional, a província da Zambézia registou maior
aceleração dos níveis da pobreza, tendo saído de 44.6% em 2003, para 70.5% em 2009.
Segundo as conclusões do IOF com a excepção de rádio, a posse de bens ao nível dos agregados familiares aumentou significativamente entre 2002-03 e 2008-09.
“Houve melhorias significativas da pobreza não monetária e estagnação nacional da pobreza na óptica do consumo entre 2002-03 e 2008-09”, facto que teve a ver com a falta do crescimento da produtividade agrícola, aumentos nos preços internacionais,
choques climáticos que provocam baixa produção e aumentos nos preços”.

De acordo com o estudo, houve um aumento percentual de casas construídas de blocos de cimento e cobertas de chapas de zinco, tanto nas zonas rurais, como nas urbanas,
contudo, o aumento dos preços fez com que o cabaz para a satisfação das necessidades básicas aumentasse de 8.5 MT em 2002/03 para 18.4 MT em 2008/09 e a alimentação representa actualmente 75% no consumo total dos agregados familiares, um por cento acima do que representava há cinco anos.
Do total dos índices da pobreza nacional,43.1% corresponde à pobreza urbana e 56.9% à pobreza rural.(WM)

IN "MEDIAFAX"
01/10/10

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